Antes de viajarem para o Brasil, onde enfrentam na próxima sexta-feira (6) o Green Bay Packers, na abertura da temporada da NFL, com transmissão do Disney+, jogadores do Philadelphia Eagles demonstraram preocupação com a segurança da cidade de São Paulo.

“Tivemos uma reunião ontem e foi como um monte de ‘não faça’. Estou apenas indo até lá para ganhar um jogo e voltar para casa (risos). Depois de ouvir tudo isso (recomendações), você sabe, provavelmente ficarei no meu quarto”, disse A. J. Brown, estrela da franquia da Pensilvânia.

Pelo menos na questão de um dos mais graves crimes que existem, os homicídios, os jogadores dos Eagles deveriam estar mais preocupados com a cidade sede do time do que com a capital paulista.

Por qualquer régua, o número de assassinatos de São Paulo é muito menor do que os registrados na Filadélfia.

Com 1,6 milhão de habitantes, “Philly” é uma das cidades mais violentas dos Estados Unidos.

Segundo estatísticas do departamento de polícia local, a cidade teve 514 homicídios em 2022, ou 32 para cada 100 mil habitantes.

No ano passado, os números foram melhores, com 410 assassinatos, ou 26 para cada 100 mil habitantes.

Seja pela régua mais otimista, ou pessimista, esses números são muito piores que os registrados em São Paulo, que tem pouco mais de 12 milhões de habitantes.

De acordo com dados da SSP (Secretaria de Segurança Pública) do Estado, a capital paulista teve 481 homicídios dolosos em 2023, o que significa uma taxa de apenas 4 por 100 mil habitantes.

O “Atlas da Violência”, divulgado todos os anos pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) é bem mais pessimista sobre a segurança paulistana.

Na conta, além das informações oficiais, são somados também os “casos ocultos”, que são as mortes violentas por causa indeterminada ocorridas no país.

Com elas, a taxa de homicídios em 2022 na capital paulista foi de 15,4 para cada 100 mil habitantes, ou menos que a metade da registrada na Filadélfia no mesmo ano.

Pelo levantamento do “Atlas da Violência”, o Rio de Janeiro também tem uma taxa de homicídios menor que a registrada na cidade americana: foram 21,3 casos para cada 100 mil habitantes.