Tanner McKee aproveitou a véspera da partida entre Philadelphia Eagles e Green Bay Packers, que acontece nesta sexta-feira (6), às 21h15 (de Brasília), na Neo Química Arena, em São Paulo, com transmissão ao vivo pelo Disney+ Premium, para colocar ‘panos quentes’ nos comentários feitos por seus companheiros antes de embarcarem para o Brasil.

Quarterback reserva dos Eagles, McKee morou no Paraná antes de entrar na NFL. Ele foi missionário religioso pela igreja mórmon. Lá, ele aprendeu a falar português e teve grande contato com a cultura brasileira.

Assim, sendo visto até como ‘brasileiro’ no vestiário dos Eagles, ele aproveitou para explicar melhor as declarações dadas por seus parceiros de time sobre o medo da violência em São Paulo.

“Eu acho que eles têm um pouco de medo das coisas que eles não conhecem. Aqui é um país que muitos deles não visitaram, não falam o idioma, não conhecem nada sobre o Brasil. Eles sabem que a gente gosta de futebol, a gente fala português e que o churrasco é bom. Então eles têm um pouco de medo porque eles não conhecem. Agora que estamos aqui, eles vão ver que o povo é ótimo, que o povo é simpático. Eles vão ter experiências que vão mudar a visão deles. E não é porque eles não gostam do Brasil ou não gostam dos brasileiros, é só porque eles não conhecem”, disse McKee.

Na semana passada, A.J. Brown e Nick Gates afirmaram que receberam recomendações do time para ficar no quarto e não andar pelas ruas de São Paulo. Na sequência, em seu podcast pessoal, chamado ‘Big Play Slay’, Darius Slay Jr. ressaltou que não gostaria de vir para o Brasil, por ser um local muito perigoso.

Apesar de Slay ter se retratado sobre os comentários feitos, o assunto foi um dos grandes temas da entrevista coletiva do Philadelphia Eagles nesta quinta-feira (5).

Por isso, Tanner aproveitou para ressaltar que as recomendações que receberam são padrões do time, que isso acontece em todas as viagens dentro e fora dos Estados Unidos, que não é uma coisa específica para o Brasil.

“Eles me perguntaram sobre a taxa de crime aqui. Nós temos várias coisas que fazemos como time não importa para qual cidade viajamos. Eles vão nos dizer para termos cuidado, nós não vamos andar na rua seja nos Estados Unidos ou fora apenas porque somos um time de futebol americano, nós jogamos e vamos embora. Então, não é uma coisa específica daqui. As pessoas apenas não conhecem realmente a cultura e as pessoas”, detalhou o camisa 16.

‘Uma grande honra representar a NFL no cenário internacional’

Já Jordan Mailata, que nasceu na Austrália e joga os Eagles desde 2018, aproveitou para ressaltar o quão importante é para ele como estrangeiro estar disputando uma partida de temporada regular da NFL fora dos Estados Unidos.

O camisa 68 ainda aproveitou para elogiar a recepção dos brasileiros e até destacou a importância da partida em São Paulo para o crescimento do esporte.

“É uma grande honra poder representar a NFL e o Philadelphia em um cenário internacional. É importante para o jogo em si, mas ainda mais para os jogadores como eu, que vem de um local diferente, e para as crianças que nunca tinham ouvido falar da NFL antes, assim como eu. Elas podem tentar ter uma carreira. Então é uma honra jogar partidas internacionais, vir aqui e aproveitar os sinais, os sons desse lindo país que vocês têm. E vocês nos receberam de braços abertos”, afirmou o jogador.