Em entrevista exclusiva à ESPN, concedida na última quinta-feira (5), o presidente do São Paulo, Julio Casares, analisou as contratações realizadas pelo clube nos últimos meses.

De acordo com o presidente, o time tricolor usou bem as duas janelas para “compor elenco”, tendo agora um plantel “melhor que o de 2023”, ano em que o time foi campeão da Copa do Brasil.

“Tivemos lesões seríssimas do Pablo (Maia) e do Alison. Mas na primeira janela, em janeiro, nós trouxemos o Luiz Gustavo. Que muitos diziam ‘é um velho, um veterano’, e trouxemos o Bobadilla, um jovem da seleção do Paraguai. Então na primeira janela nós começamos a compor um elenco, com Ferreirinha, André Silva”, lembrou.

“Nosso elenco não é feito em uma janela… É feito em uma, complementado em outra. A do meio do ano se complementa. E não vendemos muitos jogadores. Só Diego Costa, e o Beraldo antes. Veja os concorrentes como surge jogador e vende rápido”, argumentou.

“O São Paulo tenta maturar, porque precisava de conquistas. Se eu vendesse três antes da Copa do Brasil, talvez não ganhasse o título (contra o Flamengo). Você age com o coração? Não. Precisava recuperar o legado esportivo do São Paulo. Hoje, não. Se vier proposta vamos analisar, se for boa, vamos vender”, seguiu.

“Dentro do possível, capacidade de investimento, temos hoje jogadores pelas beiradas, Calleri e André Silva como reserva, um meio de campo com a vinda do (Santiago) Longo e a chegada do Jamal (Lewis) na lateral, defesa composta, acho que o São Paulo tem condições, tem um elenco que é melhor que o de 2023 até”, complementou.

E por falar em Santiago Longo e Jamal Lewis, reforços estrangeiros que chegaram nos últimos dias por empréstimo de Belgrano e Newcastle, respectivamente, Casares ressaltou que o Tricolor tem a preferência de compra pela dupla, em caso de sucesso no Morumbis.

Na conversa com a reportagem, o dirigente inclusive salientou que o valor das cláusulas de compra está “assegurado”, deixando o São Paulo “protegido” e sem ter que ficar “discutindo valores” posteriormente com os clubes donos dos direitos dos atletas.

Ainda segundo o cartola, o preço definido está “dentro do patamar” que o Tricolor aceita pagar dentro de seu orçamento.

“Sim, o São Paulo tem a preferência da compra (de Longo e Lewis) caso a performance for positiva. Temos assegurado valor, o que é importante. Não adianta ter preferência e o valor discutido ficar em uma faixa que não vamos conseguir. Está dentro de um patamar, inclusive do futuro fundo, está compatível com a nossa condição de investimento no futuro”, observou.

“O São Paulo está protegido nessas cláusulas. O que nós precisamos acelerar e serão os próximos objetivos é revelar mais, não só formando, mas captando mais”, finalizou.

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