Longe dos gramados profissionais há quase um ano, Alef Manga pode enfim voltar a jogar pelo Coritiba a partir do próximo dia 26. Porém, primeiro, ele tem que se acertar com os colegas. Jorginho, atual técnico do time paranaense, não poupou críticas à postura do atacante, suspenso por envolvimento em esquemas de apostas esportivas.

De acordo com o treinador, o atacante, que no momento da suspensão era um dos destaques do clube em 2023, precisa pelo menos pedir desculpas para seus companheiros e chegou a questionar o caráter do atleta.

“Antes de mais nada, o Manga precisa se desculpar pelo que aconteceu, porque isso é desvio de caráter. É muito sério. Você imagina, ele volta para o grupo e o que os jogadores vão pensar? Será que pode tomar cartão amarelo? É algo muito sério, desvio de caráter. Ele precisa pedir desculpas ao grupo, ao clube e ao torcedor, principalmente ao torcedor”, iniciou o comandante, em entrevista coletiva após a vitória por 3 a 1 sobre o Ceará, pela Série B.

“Eu já tive uma conversa muito séria com ele e vou ter de novo. O comportamento dele precisa ser exemplar. Não quero ver machucando ninguém, falando com ninguém. Não basta ser honesto, ele tem que demonstrar honestidade. É isso que quero do comportamento dele”, disse, detalhando uma reunião que teve com o jogador acompanhado do head esportivo William Thomas e do consultor Fernando Carvalho.

Além disso, Jorginho, tetracampeão mundial com a seleção brasileira e com muita experiência também como treinador, deixou claro também que não é porque Manga está liberado para jogar depois do dia 25, que ele já vai entrar em campo no dia seguinte, quando o Coritiba encara o Goiás.

“Esquece, não tem a menor condição de ele voltar contra o Goiás. Não tem chance. Eu seria irresponsável. Ele poderia se contundir. O Manga pode ser decisivo, mas neste momento não”, garantiu, antes de concluir: “Um ano parado. Não acreditem que vai voltar assim, não tem condições. Tentamos acelerar um processo com todo cuidado necessário. Ele sempre treinou separado, horários alternativos.”