O Bola da Vez recebe Rosamaria, oposta da seleção brasileira de vôlei e bronze nas Olimpíadas de Paris deste ano. O programa vai ao ar às 19h30 (de Brasília) deste sábado (21), com transmissão no Disney+.
Rosamaria, que já havia sido prata nos Jogos de Tóquio, contou como o Brasil precisou superar “horas de sofrimento” depois da queda contra os Estados Unidos para se reerguer, lutar e conquistar mais uma medalha olímpica.
As brasileiras perderam por 3 sets a 2 para as norte-americanas, na semifinal, em duelo que doeu tanto para as jogadoras quanto para a torcida.
“Não foi fácil mesmo. Aquela cena que você viu ali, de todo mundo, foi real, porque a gente acreditava mesmo nesse ouro. E acho que todo mundo que pôde acompanhar viu como nosso time estava dedicado e focado”, iniciou Rosamaria.
“É necessário aprender a lidar com essa frustração do esporte, quando você acha que está tudo dando certo, está tudo encaminhando e de repente as coisas não dão certo… Não foi fácil, mas a gente sofreu naquele momento e, logo depois, no pós-jogo, a gente já conversou sobre isso no vestiário”, seguiu.
Depois de lidar com a frustração de não poder brigar pelo ouro olímpico, foi preciso reorganizar a rota e focar no bronze. Para isso, seria necessário encarar a adversária Turquia.
“O Zé [Roberto Guimarães] conversou com a gente e disse o quanto era importante. Lógico, a gente não tinha chegado no nosso objetivo final, que era disputar uma medalha de ouro, mas levar uma medalha olímpica para casa, pro Brasil… A gente sabe o quanto isso representa, o quanto é importante para o futuro do voleibol e para as pessoas que estavam nos acompanhando”, contou.
“Foram minutos, horas de sofrimento para a gente já conversar, virar a chave e entender que o caminho seguia, que a gente não podia desistir naquele momento. E como a gente falou: que íamos lutar até a última bola cair para trazer o melhor resultado possível”, completou.
Deu certo. Com a cabeça no lugar, a seleção brasileira venceu a Turquia por 3 sets a 1 e garantiu o bronze. A vitória representou ainda mais: manteve a sequência de o Brasil ter pelo menos um lugar no pódio do vôlei de quadra nas Olimpíadas — seja masculino ou feminino — desde a edição de 1992.
“Dentro daquela situação, o melhor que a gente podia fazer era buscar o bronze e foi muito especial. É ser medalhista olímpica. Claro que a gente sempre vai buscar o ouro, mas é uma situação e uma emoção incrível”, finalizou Rosamaria.