Acelino Popó Freitas sofreu bem mais do que se acostumou nas outras edições do Fight Music Show, mas segue soberano no evento, após superar o argentino Jorge El Chino por decisão unânime dos árbitros em evento realizado neste sábado (12), no Ginásio da Portuguesa, em São Paulo.

Depois do sufoco que passou, o tetracampeão mundial de boxe elogiou muito o seu adversário e decretou: essa foi sua última luta contra um atleta profissional. Caso ele volte ao ringue, será apenas para uma luta amistosa contra alguém que o desafiou.

“Já lutei com vários argentinos, esse foi o segundo que eu não consegui nocautear. Até a gente que é bem experiente fica meio receoso com esse tipo de luta. Foi bom, me testei, gostei, mas não tenho mais nada para provar para ninguém. Não luto mais com lutador, ok? E se for lutar em uma despedida, eu aceito o (Pablo) Marçal. Se ele estiver aqui, se você é homem para concluir o que falou desde o começo do ano, se você for homem suficiente para assumir as suas palavras, eu falo para o Brasil que aceito o seu desafio”, disse ele, em entrevista oficial após a luta.

Pouco depois, para a reportagem do Combate, o ex-campeão voltou ao assunto sobre o seu futuro, deixando claro que gostaria de enfrentar o coach e empresário, que recentemente foi candidato à prefeitura de São Paulo, mas acabou derrotado.

“A gente pode fazer uma luta bacana, só depende dele. Esse tipo de luta eu não luto mais. Essa foi a despedida de luta oficial. Se tiver mais uma, vai ser o Pablo Marçal e acabou”, encerrou, dizendo que pretende passar a ajudar na organização do FMS.

‘O reflexo não é o mesmo’

Com 49 anos e uma carreira das mais vitoriosas da história, Popó, à ESPN, admitiu que passou por apuros neste sábado e negou que tenha ficado frustrado por não ter nocauteado o seu adversário.

“Nocaute sempre foi consequência. Sabia que ele aguentava muito. Dei umas ‘bombas’ nele e ele ficou de pé. Fui tentando, e ele é muito esperto, é um cara que luta há muito tempo. A gente sempre tem que tomar muito cuidado. Eu não tenho mais 29 anos, tenho 49. O reflexo não é o mesmo, a técnica, física. A gnete faz o possível para fazer boas lutas, mas a dificuldade é maior.”