Endrick no banco de reservas da seleção brasileira se tornou manchete na Espanha. Nesta segunda-feira (14), o jornal AS, de Madri, publicou matéria mostrando preocupação com o atacante do Real Madrid perdendo espaço com Dorival Júnior.
Na partida contra o Chile pelas eliminatórias para a Copa do Mundo, o jovem centroavante ficou no banco de reservas, com Igor Jesus sendo escolhido para assumir a posição em sua primeira convocação com Dorival.
“O ‘efeito Endrick’ está desaparecendo no Brasil depois que sua chegada à seleção principal foi notável, marcando até vários gols em suas primeiras partidas. Porém, o técnico Dorival Júnior não parece considerar suficiente o que o jovem brasileiro conquistou anteriormente ou agora no Real Madrid, onde vem aproveitando os minutos concedidos por Carlo Ancelotti”, escreveu o jornal.
“Embora Endrick ainda não tenha explodido como a grande estrela que promete ser, sua presença já provoca debates sobre se ele deveria ou não ser o número 9 do Brasil. Ele tem tudo para ser e, mais cedo ou mais tarde, será a grande ameaça de um time que há anos busca aquele grande camisa 9 brasileiro”, completou.
Na partida contra os chilenos, Igor Jesus foi destaque, com um gol marcado empatando o duelo ainda no primeiro tempo, enquanto Endrick entrou somente na reta final da segunda etapa. Em entrevista coletiva, Dorival exaltou uma nova característica que o jogador do Botafogo trouxe para o ataque.
“O que ganhamos nessa última partida foi o poder de infiltração, não só com o Igor, muito com Raphinha, com Savinho. Rodrygo se preocupou com isso. Isso nos proporcionou outra condição. Estamos melhorando nesse quesito. Independente de ter um homem de referência, buscávamos isso com o Pedro nas convocações anteriores, mas o que eu vejo é que eles possam ter liberdade de envolvimento”, disse.
“São jogadores de ótimo nível, com capacidade de usarem o um para um, capacidade de troca de passes, se aproximarem para as tabelas. Aos poucos estamos melhorando essa possibilidade de que, a partir do momento em que não tenhamos a bola, exista esse movimento sempre contrário. Alguém puxe a marcação, para que outro busque a infiltração. Você tem que ter esse movimento combinado para que possa espaçar as defesas adversárias. Nessa última partida tivemos muitas situações e espero que se repita amanhã e que a gente tenha boa atuação”, finalizou.
Próximos jogos da seleção brasileira:
Peru (C) – 15/10, 21h45 (de Brasília) – eliminatórias para a Copa do Mundo
Venezuela (F) – a definir – eliminatórias para a Copa do Mundo
Uruguai (C) – a definir – eliminatórias para a Copa do Mundo