A vitória por 5 a 3 sobre o Juventude fez o Palmeiras diminuir para um ponto a distância para o Botafogo, aumentou a invencibilidade da equipe para nove jogos e consolidou um fenômeno relevante para quem briga pelo terceiro título seguido do Campeonato Brasileiro.

Desde que foi eliminado pelo próprio Botafogo, em 21 de agosto, e passou apenas a disputar a liga nacional, o Verdão passou a ter um desempenho ofensivo avassalador, algo que novamente pôde ser visto em Caxias do Sul.

Nas últimas sete partidas, todas sem precisar dividir atenções com as copas, o Palmeiras marcou 20 gols, uma média de 2,85 por jogo. O período teve duas vitórias por 5 a 0 (Cuiabá e Criciúma), triunfos sobre Athletico-PR, Vasco e Atlético-MG e apenas um tropeço, contra o Red Bull Bragantino.

Esses números são muito superiores ao do restante do campeonato. Nas 23 rodadas anteriores, o Palmeiras balançou as redes 31 vezes, uma média de 1,34 por partida. Ou seja, o rendimento atual é mais de duas vezes melhor do que quando os comandados de Abel estavam nas copas.

A atuação defensiva também impressiona. São quatro gols sofridos nos últimos sete jogos, o que significa 0,57 por jogo. Nas rodadas anteriores, a média de gols sofridos era de 0,82. Não à toa, hoje o Palmeiras possui os melhores índices do Brasileirão.

“Sabe quem é a equipe com menos gols sofridos? Palmeiras. E a com mais gols marcados? Futebol é feito de gols marcados e sofridos”, destacou Abel Ferreira em entrevista coletiva após a vitória em Caxias do Sul.

Grande parte dessa melhora é explicável pelo calendário. Em vez de se “matar” em três frentes, o Palmeiras pôde concentrar energias apenas no Campeonato Brasileiro. Isso significa semanas cheias de treino e descanso adequado para os atletas, que elevam a capacidade técnica de uma equipe qualificada.

Restam oito jogos para o Palmeiras fechar a temporada. O sonho do título é cada vez mais claro para o torcedor, que vive a expectativa de ser o segundo clube a ser tricampeão brasileiro consecutivo na era dos pontos corridos. O primeiro foi o São Paulo, entre 2006 e 2008.

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