Uma passagem pelas redes sociais ontem antes da bola rolar em Buenos Aires, no confronto entre River Plate e Atlético-MG, deixaria qualquer um com inveja do clube argentino.
Um estádio com quase 90 mil pessoas cantando e um show pirotécnico poucas vezes vistas em um campo de futebol em qualquer lugar do mundo.
E o River ainda é, no meio da terra arrasada que são os clubes argentino, um modelo para qualquer clube da América do Sul.
No seu último balanço financeiro publicado, referente à temporada 2022/23 (os números de 2023/2024 serão divulgados no final de novembro), o clube afirmou ter obtido “os melhores resultados financeiros dos seus 122 anos de história”.
O superávit foi de absurdos US$ 52,3 milhões (quase R$ 300 milhões), mais até do que consegue o Flamengo.
A diretoria do River se orgulhou dos investimentos de quase US$ 100 milhões (R$ 570 milhões) na estrutura do clube e no investimento de jogadores. Também se gaba de seus 350 mil sócios, outro número que nenhum time brasileiro atingiu, e sua média de 84.567 torcedores por jogo no Monumental de Núñez.
O River gasta em reforços o que nenhum clube argentino sonha fazer. Desde a temporada 2017/2018, segundo o site especializado Tranfermarkt, o clube investiu 148 milhões de euros, ou R$ 917 milhões pelo câmbio atual.
Mas todo esse sucesso fora do campo aconteceu ao mesmo tempo em que o River se tornou uma presa fácil para os clubes brasileiros, incluindo os que não têm o mesmo dinheiro que o time argentino.
Desde 2019, justamente logo no início da sua fase de ouro financeira, o River foi eliminado cinco vezes na CONMEBOL Libertadores por brasileiros: Flamengo na final de 2019, Palmeiras nas semifinais de 2020, Atlético-MG nas quartas de final de 2021, Internacional nas quartas de 2023 e agora novamente o Atlético-MG, nas semifinais.
O River Plate pode ser um clube admirável. Mas, para os brasileiros, não é nem um pouco temido…