Nesta quarta-feira (6), o Cruzeiro recebe o Flamengo, às 21h (de Brasília), no Mineirão, em duelo pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na beira do campo, a promessa é de bom duelo tático entre dois treinadores bastante ofensivos: Fernando Diniz, da Raposa, e Filipe Luís, do Rubro-Negro.

Admiradores confessos um do outro, eles ficaram marcados por uma espécie de “premonição” do ex-lateral-esquerdo, em dezembro do ano passado. Na ocasião, o Fluminense, então comandado por Diniz, se preparava para enfrentar o Manchester City na final do Mundial de Clubes da Fifa, no Qatar.

Ao mesmo tempo, Filipe Luís, que havia encerrado sua carreira de jogador e se preparava para iniciar sua trajetória como treinador, concedeu entrevista ao podcast Charla” e acabou “prevendo” o que iria acontecer no duelo Flu x City.

Ao falar sobre uma possível situação de marcação do time brasileiro em cima dos ingleses, o ex-lateral detalhou o que poderia acontecer.

“Se você junta oito jogadores na lateral do campo e perde a bola, na Europa é gol. Com aquele campo maravilhoso, molhado, aquele gramado fresquinho e os jogadores com a qualidade que têm, é gol. É muito difícil não ser gol”, afirmou.

“Vamos ter uma prova de ouro agora no Mundial, nós vamos ver. Realmente até onde o time do Diniz é capaz de chegar contra o Manchester City. Por mais que o City não esteja tão bem nessa temporada, perderam alguns jogadores, mas vai ser uma prova de fogo para a gente comparar esse modelo de jogo tão especial com o futebol europeu”, complementou.

Curiosamente, foi exatamente isso que aconteceu, com o Fluminense sofrendo o gol mais rápido da história das finais de Mundiais, em apenas 40 segundos.

O lance em questão teve início após uma cobrança de lateral de Marcelo, que tinha outros três companheiros à sua frente, além de outros quatro jogadores na lateral direita do campo, totalizando exatamente oito atletas tricolores naquela faixa do gramado.

O camisa 12 recebeu a bola de volta nos pés, mas errou cruzamento e devolveu a posse aos ingleses. Nathan Aké dominou, partiu para a área e finalizou, com Julián Álvarez abrindo o placar o rebote.

“Vai passar vergonha”

Na mesma entrevista, Filipe Luís também falou sobre a admiração que tem por Diniz, especialmente por suas inovações táticas.

De acordo com o ex-lateral, o treinador que não “se prepara” para atuar contra uma equipe montada pelo atual comandante cruzeirense termina “passando vergonha”.

“Admiro muito as pessoas que inovam. Depois de tantos anos, o cara vir com uma coisa nova é sensacional. A coisa que mais gosto dele é: se você não preparar seu time para jogar contra o Diniz, você passa vergonha. Pode não perder de goleada, mas passa vergonha. Você não toca na bola”, explicou o agora treinador do Flamengo, ressaltando que tem também suas diferenças em relação ao “rival”.

“Tem coisas que não compartilho tanto. Ele fala muito: ‘Não me importa ganhar ou perder’. Eu gosto de ganhar acima de qualquer coisa. Eu adoro o Diniz porque ele recupera jogadores. É muito fácil um treinador falar: ‘Não gosto desses, traz outro’. Eu tenho muito mais admiração por ele que coisas negativas”, salientou.

Agora, resta saber quem vai se dar melhor no primeiro duelo entre Fernando Diniz e Filipe Luís na beira do campo.

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