Em comunicado publicado na noite da última segunda-feira (11), a Torcida Jovem, principal organizada do Santos, celebrou a volta à Série A do Campeonato Brasileiro, mas fez diversos “alertas” à diretoria do clube.

A uniformizada tratou o acesso como “obrigação” e salientou que o título da Série B será um “dever mínimo a ser cumprido” pelo clube.

A torcida ainda mandou recados diretos ao presidente Marcelo Teixeira, afirmando que o dirigente “está extremamente mal acompanhado” no cargo e criticando os trabalhos de Paulo Bracks e Alexandre Gallo.

“É necessário um planejamento de médio e longo prazo, que além de bem feito, principalmente, seja bem executado. Não dá para trazermos Morelos, ganhando milhões por ano para ficar encostado; Patrick, completamente sem condições de vestir nossa camiseta; um candidato a nova jóia africana nesse jogo de olheiros e empresários ao redor do mundo, que nem relacionado foi; bem como um atacante com 2 gols num time equatoriano, que também não mostrou ainda a que veio; dentre muitas outras ações que minam o trabalho e diminuem as expectativas de sucesso do elenco”, escreveu a Torcida Jovem.

Por fim, a organizada pediu “limpeza geral” e “reconstrução completa” do elenco para o retorno da Série A.

Foram “barrados”, inclusive, os retornos de atletas que estão emprestados a outros clubes, como Soteldo, atualmente no Grêmio, e Lucas Lima, que está no Sport.

“Precisamos que os comandantes sejam capacitados e tomem decisões corretas, de acordo com a grandeza do clube, trazendo jogadores, comissão técnica e dirigentes à altura do Santos Futebol Clube. Não podemos, nem iremos permitir a volta de pessoas que não respeitam a instituição, queremos uma reconstrução verdadeira”, postou.

“Isso passa pela escolha correta do elenco e dirigentes para 2025, passando pelo não retorno de nomes como Soteldo e Lucas Lima, uma vergonha que já fomos obrigados a passar em nome de uma tentativa desesperada de salvação, que se mostrou indigna. Queremos um time para disputar títulos, com pessoas que respeitem o Santos FC, queremos de voltar a honrar a nossa história!”, completou.

Leia o comunicado da Torcida Jovem:

Com a confirmação do acesso do Santos Futebol Clube, a Torcida Jovem vem a público manifestar suas considerações acerca do momento.

Primeiramente, ressaltamos a hombridade e o caráter de todos os profissionais, especialmente os atletas, que vieram para o Santos e os que ficaram no momento mais conturbado e pressionado de sua história, e cumpriram com sua obrigação de fazê-lo retornar à Série A.

Mas deixamos bem claro: não há nada a se comemorar em 2024. O vice-campeonato paulista, com bom futebol apresentado, não pode ser tratado com a desproporcionalidade que foi pelo próprio clube, apequenando o maior time da Terra. Mais que isso, o acesso à primeira divisão sempre foi um dever, bem como a conquista do título do campeonato ainda é um dever mínimo a ser cumprido.

Temos a consciência que a reconstrução, de fato, deve acontecer partindo do cargo mais alto do clube, Sr. Marcelo Teixeira, com quem temos um canal de comunicação construído há décadas devido à sua santistidade, tornamos agora público o que em várias vezes falamos olhando no seu olho: o senhor está extremamente mal acompanhado.

Não é cabível que no camarote presidencial, da partida que virtualmente nos colocou na primeira divisão, esteja uma pessoa desprezível que foi expulsa do clube por racismo, chamando torcedores, trabalhadores e pais de família para briga.

Essa quantidade de erros já nos bastidores e na relação com seu próprio torcedor já dão o tom para a maneira com que o clube gere o futebol. Precisamos de pessoas capacitadas no clube, com trajetória vitoriosa em altos patamares, os patamares do Santos, que tenham experiência em grandes clubes do futebol mundial.

Sendo assim, nomes como o de Paulo Bracks, não são cabíveis para tais objetivos. O profissional passou a maior parte da sua carreira em times de Série B ou times rebaixados da Série A, que são uma carreira digna, entretanto, não condizem com o tamanho do Santos Futebol Clube.

Também destacamos o respeito que temos ao nosso ex-jogador Alexandre Gallo, que lutou pelo Santos como capitão em um dos períodos mais complicados de nossa história, mas que como dirigente não possui experiência, além de ter cometido inúmeras decisões erradas durante nosso rebaixamento e neste ano.

É necessário um planejamento de médio e longo prazo, que além de bem feito, principalmente, seja bem executado. Não dá para trazermos Morelos, ganhando milhões por ano para ficar encostado; Patrick, completamente sem condições de vestir nossa camiseta; um candidato a nova jóia africana nesse jogo de olheiros e empresários ao redor do mundo, que nem relacionado foi; bem como um atacante com 2 gols num time equatoriano, que também não mostrou ainda a que veio; dentre muitas outras ações que minam o trabalho e diminuem as expectativas de sucesso do elenco.

Precisamos de pessoas que consigam ter planejamento e controle do ambiente e das pessoas que fazem o clube, especialmente da privacidade dos atletas e do vestiário. Nossa comissão técnica, além desses atributos, precisa ser identificada com a nossa história e nossa identidade.

Quando o técnico Fábio Carille assumiu o Santos, nas duas oportunidades, era sabido que o futebol posto em prática pelo treinador seria o que vemos hoje. Sem criação, sem ofensividade, porém eficiente, que embora instável, vem cumprindo o seu papel, e esperamos que atinja o segundo objetivo no campeonato.

Entretanto, reforçamos, nossos objetivos são outros e nossa identidade nunca deve ser descartada. Estamos cansados de ver um time que treina meio período apresentar um futebol pífio, sem intensidade, até mesmo em algumas vitórias. Somos um dos maiores clubes formadores do planeta, a casa de craques do presente e do passado como Rei Pelé e Neymar, e é necessário respeitar e cultivar essa característica para ter sucesso por aqui.

Sabemos que muito do futebol que não convence se dá por más decisões nos bastidores, e por isso, exigimos a partir de hoje, já pensando na próxima temporada, uma limpeza geral em todas as instâncias do clube, excluindo as maçãs podres elitistas e contra a presença do povo santista no dia a dia do clube, abrindo espaço para seu povo.

Precisamos que os comandantes sejam capacitados e tomem decisões corretas, de acordo com a grandeza do clube, trazendo jogadores, comissão técnica e dirigentes à altura do Santos Futebol Clube. Não podemos, nem iremos permitir a volta de pessoas que não respeitam a instituição, queremos uma reconstrução verdadeira. Isso passa pela escolha correta do elenco e dirigentes para 2025, passando pelo não retorno de nomes como Soteldo e Lucas Lima, uma vergonha que já fomos obrigados a passar em nome de uma tentativa desesperada de salvação, que se mostrou indigna. Queremos um time para disputar títulos, com pessoas que respeitem o Santos FC, queremos de voltar a honrar a nossa história!

Por último, e mais importante, agradecemos aqueles torcedores que não pularam do barco nessa tempestade que ainda não acabou.

Nós fomos para Serra Catarinense, para o meio da Amazônia, incendiamos setores visitantes pelo Brasil, viajamos por terra para todas as regiões do país. Fizemos a caravana mais longa da história da Torcida Jovem, quebramos recordes de públicos em estádios rivais, movimentamos mais de 4 mil santistas pelas ruas da maior cidade da América Latina e sustentamos a história de uma das torcidas mais tradicionais do país.

Ainda temos mais duas guerras pela frente, jogos de grande importância para a torcida santista. Vamos juntos nessa reta final terminar nossa jornada de recolar o Santos em seu devido lugar. A partir de agora, pense no ano que vem e em todos os outros que vem pela frente, associe-se ao clube, desfrute do direito ao voto no clube, um privilégio que poucos torcedores no Brasil possuem, faça parte do dia a dia e da vida política do clube, vote, candidate-se, precisamos do nosso povo para de fato reconstruir nosso amado Santos FC.

Com o SANTOS onde e como ELE estiver!

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