Nesta terça-feira (19), a Procuradoria do STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) apresentou denúncia contra o Corinthians pelo arremesso de uma cabeça de porco no gramado durante a recente partida contra o Palmeiras, na Neo Química Arena, pelo Campeonato Brasileiro.

No documento, a Procuradoria fala em “infração de extrema gravíssima” e ressaltou que, pelo fato da cabeça pesar entre sete e oito quilos, ela poderia até ter causado a morte de alguém se atingisse uma pessoa no momento da queda.

“A desordem causada pela própria torcida, aliada à falta de falta de segurança que permitiu acesso de pessoas com uma cabeça de animal, colocou em risco a integridade física das pessoas e poderia ter consequências trágicas”, escreveu o órgão.

“Explica-se: levando em consideração a força do lançamento, a gravidade, a altura e distancia da arquibancada, caso o arremesso da cabeça de porco tivesse atingindo alguém no campo de futebol na parte da cabeça (por exemplo), o impacto do peso ao atingir alguém no campo poderia ser fatal, visto que o peso nesse caso seria definido como a força gerada pela aceleração da gravidade, e certamente o impacto poderia ser fatal ou causar sérios danos”, salientou.

Até por isso, a Procuradoria pediu ao STJD que o Timão seja punido com a perda de um a 10 mandos de campo, além de pagamento de multa.

Segundo apurou a ESPN, o fato do torcedor que arremessou a cabeça ter sido identificado, se apresentando inclusive à Polícia, pode ajudar a evitar a perda de mandos no julgamento.

No entanto, o clube paulista não deve escapar de multa, já que foi denunciado nos códigos 191 e 213 do CBJD (Código Brasileiro de Justiça Desportiva).

“O comportamento de adentar no estádio com um objeto que pode ser causador de uma fatalidade ou qualquer outro dano, coloca em risco a saúde e vida de outras pessoas que estão no campo de futebol. Ademais, ressalta que o objeto arremessado poderia atingir os profissionais que estavam no campo de futebol, tanto quanto, algum torcedor (seja da equipe mandante ou adversária)”, reportou o órgão.

“O clube deve realizar conduta de segurança para vedar esses comportamentos, e possui responsabilidade objetiva no caso em epígrafe”, complementou.

Agora, o caso deve ir a julgamento no STJD, com o Corinthians tendo a oportunidade de apresentar sua defesa. No entanto, ainda não há data marcada para o procedimento.

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