Dono da quarta melhor campanha do Leste na NBA, o New York Knicks retornará à quadra nesta quarta-feira (27) após o “atropelamento” sobre o Denver Nuggets por 145 a 118.
De volta ao American Airlines Center, no Texas, a equipe de Jalen Brunson ficará frente a frente com o Dallas Mavericks, franquia pela qual foi draftado em 2018 e que deixou em 2022, depois de chegar às finais da Conferência Oeste. A partida será atração com transmissão no Disney+ a partir de 21h30 (de Brasília).
(Conteúdo oferecido por Sadia e Hellmann´s e XP)
A missão do astro agora é liderar Nova York de volta à pós-temporada para tentar encerrar o jejum de títulos que se arrasta desde a conquista de 1973. Depois de cair para o Indiana Pacers nas semifinais do Leste, Brunson retornou determinado a não medir esforços para ser campeão da NBA. Nem mesmo na questão financeira.
Como a ESPN revelou, o armador acertou em julho novo contrato com os Knicks até o fim da temporada 2027/28, em um acordo que prevê ainda uma player option (cláusula contratual unilateral que permite a um atleta decidir se permanece na franquia ou não no último ano de vínculo) para 2028/29.
O esforço de Brunson, no entanto, passou por “abrir mão” de US$ 113 milhões (cerca de R$ 655 milhões) do teto salarial que poderia receber dentro da previsão da NBA para que o time pudesse ser reforçado.
É meio simples: eu quero estar aqui”, disse em seu podcast, o Roommates Show, sobre a decisão de não optar pelo salário máximo na renovação de contrato com a franquia. “Quero mostrar que ações falam mais alto do que apenas falar. Quero que esse time fique junto por muito tempo. Quero vencer aqui. É isso”.
Brunson assinou uma extensão de contrato para quatro temporadas, embolsando US$ 156,5 milhões (cerca de R$ 909 milhões) após esse período. Se o armador tivesse esperado o fim do atual contrato e se tornado um agente livre, ele teria sido elegível para um acordo de cinco anos e US$ 269 milhões (algo em torno de R$ 1,563 bilhão).
“Penso em cada decisão que tomo e estou completamente confortável com o que fiz”, disse Brunson. “Obviamente eu e minha família estamos bem de vida, então isso é o mais importante. Quero vencer aqui. Vencer supera tudo o que faço individualmente”.
Ainda que nobre, a decisão de Jalen Brunson está longe de ser uma novidade. Principalmente nos esportes americanos. Duvida? A ESPN elencou três atitudes fora da NBA que inspiraram o astro do New York Knicks.
Patrick Mahomes e o Kansas City Chiefs
Patrick Mahomes tenta liderar o Kansas City Chiefs ao terceiro título seguido do Super Bowl, o 4º na carreira. Mas estar à frente de uma equipe que se tornou praticamente imbatível na NFL passa por uma decisão que o quarterback tomou logo após conquistar seu primeiro anel, em 2019.
Ao assinar um contrato de dez anos (!) por US$ 503 milhões (cerca de R$ 2.7 bilhões à época) em 2020, o astro cumpriu seus dois objetivos ao sentar para negociar com a franquia: atingir uma condição de segurança a longo prazo e dar aos Chiefs a flexibilidade financeira suficiente para construir um time forte.
Ainda que sendo o quarterback mais vitorioso em atividade na liga, Mahomes não figurava sequer entre em os cinco atletas mais bem pagos da posição na NFL.
“Isso não me dá a só segurança que eu sempre quis, mas também permite uma oportunidade para o time ser ótimo ao meu redor durante toda a minha carreira”, afirmou Mahomes, que voltou a renovar seu contrato com os Chiefs em 2023, embolsando um suculento aumento.
Tom Brady e o New England Patriots
Considerado um dos maiores da história da NFL, Tom Brady era detentor de três títulos do Super Bowl quando decidiu permitir ao New England Patriots reduzir seu salário para melhorar a força do elenco.
Ao renovar contrato em 2013, o quarterback abriu mão de US$ 30 milhões (cerca de R$ 175 milhões) em dois anos para que a franquia pudesse manobrar em contratações e salários no plantel. Depois dessa decisão foram mais quatro títulos de Super Bowl, sendo três deles com os Patriots (2014, 2016 e 2018).
Derek Jeter e New York Yankees
Um dos grandes símbolos da história do New York Yankees, Derek Jeter foi outra lenda dentro dos esportes americanos a “abrir mão” de um salário em números que poderiam ser maiores.
No caso do ‘Captain’, no entanto, a decisão passou pela garantia de um contrato maior, algo fundamental para a carreira de duas décadas na franquia.
Derek Jeter abriu mão de US$ 4,5 milhões por temporada naquele novo acordo, que passaria a valer até 2010.
“Acho que todos estão impressionados com os números”, disse Jeter após acertar um contrato na casa dos US$ 189 milhões com os Yankees em 2001. “Não sento e olho para os números. Eu olho mais para o fato de que tenho a chance de permanecer aqui”.