O São Paulo garantiu vaga na semifinal do Campeonato Paulista e vai encarar o Palmeiras, no Allianz Parque, ainda sem data e horário definidos. E nesta segunda-feira (3), logo depois de anotar o gol da vitória por 1 a 0 sobre o Novorizontino, no Morumbis, Jonathan Calleri concedeu entrevista exclusiva ao Resenha da Rodada, da ESPN.

Durante o papo, o camisa 9 tricolor falou sobre a vaga na semi para disputar mais um Choque-Rei na carreira e foi direto ao afirmar que o São Paulo, hoje, está na sua melhor versão.

Calleri lembrou da primeira fase do estadual com alguns tropeços, sobretudo nas partidas em que teve que jogar em Brasília por conta dos show no Morumbis, mas que agora vê o time em um momento diferente.

E afirmou que o São Paulo vai jogar de igual para igual com o Verdão, que na sua visão, com toda a certeza, não gostaria de esbarrar com a equipe nas semis.

“Estamos novamente em uma semifinal contra o Palmeiras, que é um grande time. Vai ser um jogo bem disputado. O time que tiver os melhores detalhes vai levar. O elenco chega bem para a semifinal. Acho que chega na melhor forma. A primeira fase não foi boa, perdendo muitos pontos que não podíamos. A semana de Brasília foi catastrófica. Não fomos bem contra Velo Clube e Inter de Limeira. Perdemos a chance de decidir as semifinais no Morubmis. Mas agora temos a melhor versão. Vamos jogar de igual para igual contra o Palmeiras. Acho que eles não queriam jogar contra nós, com certeza. Mas sabemos do gramado, da torcida, eles são muito fortes. Vamos trabalhar muito na semana”, disse.

Confira outras respostas da entrevista de Calleri ao Resenha da Rodada:

Vitória sobre o Novorizontino

“Foi uma noite difícil. Acho o Novorizontino um grande time, que, taticamente, vem ao Morumbis para fazer sua partida perfeita. No ano passado, fizeram uma partida parecida com a de hoje e conseguiram a classificação. Hoje a gente conseguiu a classificação, tendo a responsabilidade de ter sido o último grande a jogar. Depois de tanto tempo, tem os quatro grandes jogando as semifinais. Feliz pela vitória e pelo gol. Agora vamos para frente. Agora realmente começa um torneio diferente. Agora estamos com gana de chegar na final novamente.”

Enfrentar times com três zagueiros

“A verdade é que muitas vezes eu tenho mais dificuldade quem vem fechado. O jogo que a gente joga contra times menores, com menos espaço, o 9 mais fixo tem menos possibilidades para fazer gol. É menos movimentação, e o time precisa de um cara na área para segurar os zagueiros. Toda vez que jogamos assim, eu tento fixar muito para facilitar quem vem de trás, que são Lucas e Oscar. Quando o 9 fixa entre os zagueiros, você consegue segurar os três zagueiros e dar espaço para Lucas e Oscar, que comandam o time. Claro que em jogos assim, mais físicos, contra zagueiros mais fortes que eu, passo dificuldade, fico muito tempo sem pegar na bola. Mas o 9 precisa da área e de gols. Hoje o Lucas não desistiu da jogada e, quando vi que ele ia ganhar, eu acelerei e eu só tive que empurrar a bola. Concordo que, contra três zagueiros, participo menos do jogo.”

Divisão de responsabilidade no São Paulo

“É muito importante jogar em um time com Lucas e Oscar no comando. Neste ano, temos como dividir a responsabilidade para ganhar os jogos. No passado, caía muito na responsabilidade de Luciano ou Calleri. Se o Luciano não fazia gol, o São Paulo perdia. Se a gente não estava no dia, a gente perdia. Com caras como Lucas, Oscar, Wendell, Cédric Soares, quando a gente tem caras experientes e que estão bem fisicamente apesar da idade, a responsabilidade se divide ainda mais. Então, hoje, se Calleri não está bem, o André Silva entra e faz gol. Se o Luciano não está bem, Oscar ou Lucas decidem. Hoje, tem caras que decidem o jogo para nós. Qualquer um pode decidir para nós. São caras com mais experiência e que farão diferença no clube.”

Estilo de jogo

“Eu sou chato mesmo. É o meu jogo. Se eu não corro e não brigo, não jogo. Eu sempre tento dar o 100% para sobrar uma bola como hoje, para empurrar para o gol. Se não, tenho que ser banco.”

Peso da queda na Libertadores em 2024

“Eu senti muito a eliminação na Libertadores. Eu sei que o São Paulo é muito forte no Morumbis e já ganhou três vezes esse torneio. Eu sabia que era uma possibilidade única de voltar a disputar uma semifinal de Libertadores, depois de muito tempo. Eu senti muito. Eu errei o gol. Claro, depois fiz gol bem no meu estilo. Mas depois teve o pênalti que errei. Me senti responsável. Quando perde, sou responsável. Como líder do grupo, eu tento sempre pegar a responsabilidade para mim. E ano passado não deu certo. Esse ano, como falei a responsabilidade está mais dividida. O São Paulo é um grande time. Temos dois craques: que são Lucas e Oscar. Vamos precisar jogar em função deles. Se eles estiverem bem, vamos conseguir jogar. Se a gente não faz ume esquema, como hoje, com três zagueiros, para dar mais espaço a eles, a gente vai jogar bem melhor. Tomara que o São Paulo consiga algum título esse ano.”

Próximos jogos do São Paulo: