Faz uma década que um então jovem e tímido uruguaio desembarcou no Brasil para defender o Cruzeiro. Giorgian de Arrascaeta brilhou no time mineiro, mas foi a partir de 2019, quando chegou ao Flamengo, que ele atingiu outro nível como jogador de futebol. O meio-campista virou ídolo histórico do Rubro-Negro. O patamar aumentou ainda mais neste ano, com o agora camisa 10 sendo o maestro da equipe campeã do Brasileirão. Não à toa ele é o Bola de Ouro no prêmio ESPN Bola de Prata de 2025.
Foram 18 gols do uruguaio na competição nacional, atrás apenas do artilheiro Kaio Jorge, atacante cruzeirense, que fez 21. A fase goleadora de Arrasca, que disputou 33 partidas, ajudou a equipe a somar 79 pontos, com 23 vitórias, um título incontestável.
Arrascaeta segue empilhando troféus, tanto de forma coletiva como individual. A Bola de Ouro é a primeira da carreira, mas o jogador tem história grande no Bola de Prata, agora com sete prêmios. Ele já havia aparecido na seleção em 2019, 2020, 2022 e 2023, além agora de 2025, e sido eleito como autor do gol mais bonito de 2019, em uma bicicleta espetacular contra o Ceará.
O uruguaio é o estrangeiro com mais troféus no Bola de Prata. Contando toda a trajetória da renomada premiação, apenas Zico e Rogério Ceni, com nove troféus cada, venceram mais.
O desempenho do craque também fez com que o Flamengo, agora, seja o time que mais teve jogadores eleitos Bola de Ouro, à frente do Palmeiras, que teve seis. Arrascaeta levou o sétimo troféu rubro-negro, se juntando a Zico (1974 e 1982), Renato Gaúcho (1987), Júnior (1992), Adriano (2009) e Gabigol (2019).
Aos 31 anos, o maior campeão da história flamenguista, com 16 títulos conquistados — ao lado de Bruno Henrique –, ainda tem tempo para colocar seu nome cada vez mais na história do clube e do Bola de Prata.
“A gente sabe que o futebol é muito dinâmico. Era um sentimento que quando eu fui perguntado eu expressei e mantenho (vontade de encerrar carreira no Flamengo), porque eu sou muito feliz no Flamengo e no Rio de Janeiro”, disse, em entrevista à ESPN.
“Eu sinto que é a minha casa, conheço o clube como poucos e sei o que é vestir e representar essa camisa dentro de campo. Para mim é uma gratidão que não tenho palavras para expressar”, completou.
A torcida rubro-negra certamente também agradece.
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