Thierry Henry pediu ao Real Madrid que dê mais tempo ao técnico Xabi Alonso no cargo, classificando como “absurda” a ideia de que seu futuro já esteja em dúvida.

Vários jogadores do clube defenderam publicamente Xabi Alonso após a derrota em casa por 2 a 1 para o Manchester City, na Champions League, na quarta-feira (10) — entre eles Rodrygo e Jude Bellingham.

Em entrevista à CBS, Thierry Henry reconheceu o modo como clubes como o Real Madrid operam, mas descartou a ideia de que o emprego de Alonso pudesse estar em risco.

“Acho sempre absurdo que um treinador possa estar em perigo depois de apenas seis meses no cargo”, disse Henry.

“Mas em um clube do nível do Real Madrid ou do Barcelona você pode acordar e receber más notícias, porque as coisas podem mudar”, acrescentou.

“Não acho que devam questionar o treinador. Se você tem um treinador no cargo, você tenta ver o que ele pode fazer”, completou. A trajetória de Alonso no comando do Real Madrid começou em junho, após sua saída do Bayer Leverkusen, onde conquistou a dobradinha nacional em 2024 e terminou a temporada invicto na Bundesliga. No entanto, o bom início na capital espanhola não se concretizou desde então, e o Real venceu apenas duas das últimas oito partidas em todas as competições.

Segundo fontes da ESPN, os executivos se reuniram após a derrota para o Celta de Vigo no fim de semana para discutir as opções. Henry também explicou que o estilo de gestão de Alonso pode precisar de alguns ajustes. “Para alguns, ele está treinando demais e gerenciando de menos.”

“Pessoalmente, não concordo com isso, mas é assim que as coisas são. Sinto pena do Alonso porque você pode ver o que ele fez com o Leverkusen, quando conseguiu treinar uma equipe que estava disposta a ouvir o que ele tinha a dizer”, lamentou.

Esclarecendo a diferença entre os dois conceitos, Henry resumiu:

“Há caras que simplesmente deixam os jogadores serem jogadores”.

“No Barcelona, ​​eles formam treinadores. Eles têm um estilo de jogo que precisa ser respeitado, e esse estilo é respeitado pela essência do clube”.

“No Real Madrid, a abordagem é diferente. São 90% jogadores e 10% treinador. É preciso deixá-los conduzir o carro. Às vezes, o ego fala mais alto”.

O ex-atacante admitiu que alguns treinadores simplesmente têm que deixar passar certos problemas — como chegar atrasado a uma refeição ou reunião da equipe — para não chatear um jogador que será fundamental para uma possível vitória.

O Real Madrid está a quatro pontos do Barcelona, em LALIGA, antes do confronto contra o Alavés no domingo (14).

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