Thiago Silva retornará à CONMEBOL Libertadores depois de 16 anos nesta terça-feira (13). A partir das 19h (de Brasília), o Fluminense visita o Grêmio, pela abertura das oitavas de final, em partida com transmissão ao vivo do Disney+. Quis o destino que, do outro lado, estivesse um importante personagem na vida do zagueiro tricolor.

Entre 2007 e 2008, o camisa 3 foi comandado no Flu por Renato Gaúcho, atual treinador gremista. Juntos, os dois conquistaram a Copa do Brasil, primeiro título de ambos, e levaram o clube à final da Libertadores, perdida para a LDU.

A história dos dois, porém, começou muito antes disso – e não de forma intencional. Em 1995, Renato era atacante do Fluminense, enquanto Thiago, ainda criança, torcia para o Vasco. Eis que, na final do Campeonato Carioca daquele ano, o camisa 7 selou o título tricolor com um heroico gol de barriga nos minutos finais da vitória por 3 a 2 sobre o Flamengo.

Indiretamente, Renato fez o vascaíno Thiago Silva “virar a casaca”, como o próprio admitiu 12 anos depois.

“Eu era vascaíno, mas fiquei arrepiado, comovido com aquele gol de barriga do Renato Gaúcho. Na hora, me dei conta de que não era mais torcedor do Vasco”, disse ao site GE.

“Não estava no Maracanã. Assisti ao jogo em casa, ao lado da minha família. Ainda bem que me tornei tricolor. E não tenho qualquer problema de falar sobre isso. Virei torcedor do Fluminense naquele dia e por causa do gol de barriga”, seguiu.

“Meu padrasto era tricolor e meu irmão mais velho, vascaíno. Teve um dia que peguei ele chorando, mas chorando muito porque o Vasco tinha perdido. Eu fiquei triste, olhei para ele daquele jeito e pensei: “Não quero sofrer desse jeito, não. Tô fora, quero ser feliz”. Logo depois, teve aquele Fla-Flu, o gol do Renato, aquela festa, aquela euforia na cidade toda, meu padrasto, que é tricolor, rindo à toa… decidi na hora: sou Fluminense, com muito orgulho”, completou.

Mal sabia ele que, além de se tornar jogador do clube de coração, também seria comandado por aquele que lhe fez torcer pelo Tricolor. Em abril de 2007, Renato assumiu o Fluminense para sua segunda passagem como comandante – para a alegria de Thiago Silva, que torceu pelo acerto.

“Torci mesmo. Trabalhar com o Renato era um sonho para mim, afinal, qual o tricolor que não quer conviver com o cara que fez o gol de barriga? Comigo não era diferente. Mas o Renato nunca me dava abertura para contar e, marrento do jeito que é, não quis dar mole de chegar para ele falando sobre isso. Mas quando ele deu uma brecha, eu fui e contei”, revelou em 2008.

Juntos, Renato e Thiago trabalharam em 66 jogos, com 33 vitórias, 19 empates e 14 derrotas. O defensor anotou 12 gols. Agora em lados opostos, eles vão definir quem segue vivo na Libertadores.

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