O Flamengo encara o Bolívar nesta quinta-feira (15), às 21h30 (de Brasília), com transmissão exclusiva do Disney+. Para a primeira partida das oitavas da CONMEBOL Libertadores partida, porém, Tite quebra a cabeça para escalar o time, por conta das lesões na maratona de jogos que o Rubro-Negro tem encarado.

Diante dos bolivianos, o treinador não terá Matias Viña e Everton Cebolinha. O lateral-esquerdo uruguaio sofreu uma lesão no menisco do joelho direito, enquanto o atacante sentiu um problema no tendão de Aquiles. Fora da partida, a dupla corre o risco de voltar apenas na próxima temporada.

Cebolinha, inclusive, vive problema recorrente de lesões. Entre o fim de junho e a primeira metade de julho, o atacante teve um problema no quadril e perdeu oito jogos. Mais recente, na maratona de sete jogos em menos de um mês entre julho e agosto, com Copa do Brasil, Campeonato Brasileiro e Libertadores, o jogador teve um problema muscular na coxa, ficando ausente de duas partidas.

Além dos dois, o técnico Tite vive preocupação com Bruno Henrique e De La Cruz. O camisa 27 também tem sofrido com os problemas físicos, que o fizeram perder 11 jogos desde maio, por conta de ume entorse no pé esquerdo, contra o Palestino, pela Libertadores, e outra no tornozelo direito.

Já o meia uruguaio, em agosto, conviveu com um trauma no joelho, sequer indo para São Paulo para a volta do confronto com o Palmeiras nas oitavas de final da Copa do Brasil, na última semana. Ele atuou normalmente no domingo (11), mas sua substituição preocupou os torcedores. No entanto, Márcio Tannure, chefe do departamento médico do Rubro-Negro, descartou qualquer problema mais sério.

“De La Cruz também (não tem problema), só relatou fadiga, o que é normal, e não preocupa”, disse.

Tite já ‘bateu’ mais de uma vez em calendário

O tema sobre o calendário brasileiro é recorrente nas coletivas do técnico Tite. Em junho, após a vitória por 2 a 1 sobre o Bahia, o treinador mandou recado direcionado à CBF. Mais precisamente a Julio Avellar, diretor de competições da entidade.

“Eu vou pedir para o Cleber (Xavier) não falar disso, que é uma parte diretiva. Eu vou falar direto para ele, para o Julio Avellar, que é o responsável pelo calendário para ele cuidar direitinho na sua atividade na sua organização e do tempo de descanso das equipes”, disse.

“Tem atletas, pessoas, seres humanos que daqui a pouco com menos de 72 horas vai estourar. Vai estourar lesão, um joelho, um tornozelo! Prejudica todo o clube, uma campanha, o atleta individualmente. Cuidado! Vou dar de novo o nome: Julio Avellar, cuidado! Cuidado com a sua atividade! Faça as coisas corretas”, completou.

Um mês depois, em julho, após o empate por 1 a 1 com o Cuiabá, foi a vez do recado ser direcionado ao Sindicato dos Atletas.

“Porque quando há jogos excessivamente, a propensão de um atleta machucar é muito maior. E fica um registro também, se o Sindicato dos Atletas colocou que 66 horas é o tempo para recuperar, o Sindicato está errado também. Porque ele não está dando o devido tempo. Também estou colocando na condicional. Ele está dando prerrogativa para o atleta machucar”, completou.

O último aconteceu no dia 24 de julho, após o triunfo por 1 a 0 sobre o Vitória, o Barradão, pelo Brasileirão. Na ocasião, Tite foi questionado sobre uma possível falta de padrão tático, voltou a questionar o calendário e pediu a redução dos Estaduais.

“Além do calendário, o tempo (vem atrapalhando o padrão). Para que tenha tempo de padronização tática. Sai de um 4-4-2 de marcação para articular um meia com dois do lado e dois externos que baixam. Só consegue isso quando tem tempo (de treinar). Se não tem tempo, sabe? Fica uma fórmula mágica…”, ironizou.

“Uma sugestão: diminuam os Regionais, gente… Jogamos de domingo a domingo, a média era de cinco dias”, reclamou.

Com desfalques certos e dúvidas, Tite vive dilema para montar a equipe diante do Bolívar. E a sequência torna a missão ainda mais preocupante. Depois da partida de quinta, o Botafogo, no domingo (18), às 18h30, de Brasília), no Nilton Santos e valendo a liderança do Brasileirão. Em seguida, a segunda partida contra os bolivianos na temida altitude de La Paz.

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