No dia 27 de junho de 2016, aos 9 minutos do segundo tempo das oitavas de final da Eurocopa, um momento marcante aconteceu. Daniele De Rossi, um dos grandes símbolos da seleção italiana e fundamental na conquista da Copa do Mundo de 2006, se lesionou e precisou ser substituído. Em seu lugar entrou Thiago Motta, outro que teve grande carreira dentro dos campos.

A partida marcou a última vez que eles estiveram juntos pela Itália – e por isso a foto com os dois é até hoje lembrada. Colegas de posição, eles foram contemporâneos de seleção em duas Euros e ainda a Copa de 2014. Porém, por atuarem no mesmo setor, jogaram juntos em apenas 14 partidas, mas um rotineiramente substituía o outro. Se De Rossi não pudesse jogar, era Thiago Motta o dono da posição, e vice-versa.

Se há cerca de dez anos atrás eles desfilavam nos campos com muito poder de marcação e liderança, hoje em dia estão “do outro lado”, como treinadores. Quis o destino que eles se enfrentassem neste domingo (1º), com transmissão ao vivo do Disney+, na partida entre Juventus e Roma, pela 3ª rodada do Campeonato Italiano.

Depois daquele Itália x Espanha, em 2016, seus caminhos se separaram. Enquanto De Rossi disputou sua última temporada como jogador de futebol pela Roma, Thiago Motta tornou-se treinador do time sub-19 do Paris Saint-Germain, equipe em que encerrou a carreira. Depois de um ano, ele foi para o Genoa, antes de passar por Spezia e chegar ao Bologna, onde fez seu melhor trabalho, ao levar o time para a Champions League.

Em abril de 2023, eles se reencontraram, com Motta, nascido no Brasil, mas naturalizado italiano, recebendo os alunos do curso de treinador da Uefa. Entre eles estava De Rossi, recém-saído de sua infeliz experiência no banco do Spal. Hoje em dia, os dois são considerados dois dos técnicos “sensação” do futebol italiano.

Enquanto Thiago, pelo sucesso no Bologna, recebeu a chance de assumir o maior vencedor do país, De Rossi há pouco menos de um ano comanda o time em que atuou praticamente a vida toda. Foi ele o responsável por “ressuscitar” uma equipa que vivia péssima fase ainda com José Mourinho e chegou até à semifinal da Europa League.

O retrospecto entre eles como treinador ainda está no início, mas se depender do que fizeram dentro de campo, tem tudo para ser muito equilibrado. Ao todo, eles se enfrentaram seis vezes como jogadores, com duas vitórias para cada lado e ainda dois empates.

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