Técnico do Palmeiras, Abel Ferreira ficou na bronca com a arbitragem após o empate por 1 a 1 com o Flamengo, neste domingo (11), no Maracanã, pelo Brasileirão. Na visão do comandante português, Erick Pulgar deveria ter sido expulso por lance com Richard Ríos.

O lance aconteceu ainda no primeiro tempo, quando o placar estava empatado por 0 a 0. Em uma dividida, o volante chileno acerto o braço no rosto do jogador palestrino, que foi ao chão. E para Abel, Pulgar deveria ter recebido o cartão vermelho.

O comandante do Palmeiras ainda citou lance do jogo entre Bahia e Botafogo, no meio de semana pela Copa do Brasil, em que Gregore, do Glorioso, foi expulso.

“Acho que hoje fizemos uma belíssima partida. Por aquilo que criamos, creio que merecemos vencer o jogo. E falo numa palavra que tem a ver com coragem, acho que no último jogo falei sobre isso, acho que não consegui entender como o jogador do Botafogo é expulso na Copa do Brasil e hoje o jogador do Flamengo não é expulso quando até a língua trilha e dá na cara, acho que há falta de coragem, porque é só seguir as regras. Onde é que está o critério do lance? Por que o jogador do Botafogo levou vermelho, com muito menos gravidade do que este, e este é amarelo, quando temos o recurso do VAR. Não consigo entender, sinceramente. Acho que a arbitragem brasileira atravessa… Não sei no passado, sei que cheguei há quatro anos, e ela atravessa um momento de crise grave. Não sei por quê… Mas como disse, é claro, e a televisão, o VAR mostram isso, deixam ainda mais nua a debilidade de seguir as regras. Sinceramente, não consigo entender”, começou por dizer.

“O meu copo d’água já transbordou, já enchi o saco, não entendo, não entendo como tendo o acesso a todas essas imagens não toma a decisão. Tem medo do quê? Do ambiente? O ambiente condiciona e influencia os árbitros? Na casa do Palmeiras eu não noto isso, lá apitam de forma tranquila. Até sacanagem conseguem fazer com o treinador do Palmeiras. Conseguem mostrar um gesto do treinador do Palmeiras, que foi um gesto inconsciente, e não conseguem mostrar uma mão dentro da nossa área. Não conseguem mostrar uma mão. O mesmo cameraman que foi capaz de estar uma partida inteira a tentar apanhar qualquer coisa do treinador… Foi uma sacanagem o que fizeram comigo, e não são capazes de mostrar a verdade desportiva, a mão que bateu no zagueiro do Flamengo. Por que não apareceu? Por quê? Acho que há um espaço muito grande para melhorar”, prosseguiu.

“O que queremos é a verdade desportiva, é chegar aqui e falar: ‘Esse lance é expulsão clara, não há dúvidas’. Por que a do Botafogo é expulsão clara e esta não? Expliquem… O Seneme ou a turma lá do que dizemo que falam uns com os outros, que fazem trabalho de aprimoramento. Por favor, me expliquem para que eu entenda por que o lance do Botafogo é expulsão e este em cima do Ríos não é? Se não conseguem explicar os critérios… Tem o VAR! É o estádio, será que é o Maracanã que os condiciona? Não sei… Acho grave, porque são erros graves que condicionam o presente e o futuro. Tenho muita dificuldade em entender esse tipo de situações. Muita mesmo…”, concluiu.

No Maracanã, os gols saíram apenas na etapa final. Arrascaeta abriu o placar para o Flamengo aos 25 minutos, e Luighi, aos 41, deixou tudo igual. O Alviverde ainda teve o zagueiro Murilo expulso nos acréscimos.

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