Um dos piores times da NFL nos últimos anos, o New York Jets decidiu dar uma grande cartada em busca dos playoffs ao reeditar a dupla Aaron Rodgers e Davante Adams, que brilhou com a camisa do Green Bay Packers.

Os dois, que atuaram juntos entre 2014 e 2021, combinaram para 615 lances completados, 7.529 jardas e 68 touchdowns. Neste período, eles foram a 2ª melhor parceria de toda a liga, ficando atrás apenas de Matt Ryan e Julio Jones, do Atlanta Falcons.

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Mas, ao menos até o momento, a parceria não tem dado resultados em Nova York. Eles atuaram juntos em dois jogos, com duas derrotas. Na estreia de Adams, contra o Pittsburgh Steelers, o time foi dominado e perdeu por 37 a 15, com direito a três recepções e 30 jardas do wide receiver. Na semana seguinte, o algoz foi o New England Patriots, que venceu por 25 a 22. Os números da nova estrela dos Jets foram um pouco melhores, com quatro recepções e 54 jardas.

Mais uma chance para ele conseguir sua primeira vitória ao lado do antigo parceiro é nesta quinta-feira (31), dia em que a equipe recebe o Houston Texans no MetLife Stadium. A partida terá transmissão ao vivo do Disney+ a partir das 21h15 (de Brasília).

E apesar de ainda buscar o seu primeiro título da carreira, Davante Adams já é uma das grandes estrelas da liga e um dos maiores wide receivers de todos os tempos. Mas isso esteve muito perto de não acontecer, já que ele poderia ter seguido carreira em outro esporte: o basquete.

Nos tempos de escola, no Palo Alto High School, o atleta admite que até mesmo preferia jogar basquete do que futebol americano. No colégio, ele teve uma média de 9,6 pontos, 5,8 rebotes e 5,4 assistências em 16 jogos durante uma temporada.

“Tenho 1,85 m. Essa teria sido a parte mais difícil. Mas com uma vertical de 109 cm, acho que conseguiria compensar um pouco da altura. Veremos quando terminar minha carreira no futebol americano, talvez eu tente a NBA“, brincou Adams. “Estou mentindo, mas realmente acho que poderia jogar”, seguiu ele, que tinha como grande ídolo Allen Iverson, astro que fez história no Philadelphia 76ers e, claro, Michael Jordan.

“Quando eu era muito, muito jovem, meu pai tinha um pôster do Michael Jordan no quarto dele. Eu amava muito o Michael Jordan, porque ele se parecia muito com meu pai. Os dois são altos, negros e carecas. E esse era o jogador favorito do meu pai quando eu era criança. Então, Michael Jordan faz parte de mim e de toda a minha família desde que eu era jovem”.

Davante Adams acabou escolhendo o futebol americano, mas a transição para se dedicar à bola oval não foi nada fácil. Seus treinadores universitários até mesmo tiveram que instruí-lo a parar de estender os braços, como se estivesse driblando inconscientemente uma bola de basquete imaginária.

“Sou um jogador de basquete de coração. É basicamente isso que estou fazendo lá no campo de futebol – jogando basquete. É por isso que há uma sensação um pouco diferente para alguns caras me marcando. Só porque é um tipo de movimento totalmente diferente, que eu definitivamente tento usar a meu favor”.