Contra o Corinthians, no último sábado, em parelho jogo pelo Brasileiro, Artur Jorge, o técnico do Botafogo, tirou o atacante Luiz Henrique do confronto aos 23 minutos do segundo tempo.
Nesta quarta-feira, na abertura da série das quartas der final da Libertadores contra o São Paulo, o treinador novamente sacou uma das grandes estrelas do seu time. Luiz Henrique foi substituído por Tiquinho Soares, novamente aos 23 minutos da segunda etapa, com o placar em 0 a 0 (que acabou sendo o resultado final).
Afinal, Artur Jorge substitui, ou não, Luiz Henrique demais no Botafogo?
Os números do TruMedia, a ferramenta de estatísticas da ESPN, mostram que o atacante, que custou R$ 106 milhões para o Botafogo, realmente não é jogador para 90 minutos sob o comando do técnico português.
Entre todos jogadores utilizados pelo português desde sua estreia no clube, em abril, Luiz Henrique tem apenas a 14ª maior média de minutos por jogo: 68,7.
Foram 36 jogos do atacante sob o comando de Castro. Em 25, ele foi substituído (a maioria esmagadora pode decisão técnica). Em outros três ele começou no banco e entrou durante a partida. Luiz Henrique só ficou em campo os 90 minutos em oito confrontos com o português.
A comparação com outros atacantes estrelas, do próprio Botafogo e de outros clubes, mostram que a minutagem de Luiz Henrique é mesmo baixa.
Sob o comando de Castro, o argentino Almada tem média de 78,6 minutos por jogo. Antes de se machucar, Júnior Santos tinha média de 78,4 minutos. Savarino fica nos 71 minutos.
No Flamengo, Pedro tem média de 79,7 minutos por jogo, contando Brasileiro, Copa do Brasil e Libertadores.
No Vasco, sem contar o Carioca, Vegetti tem média de 87,4 minutos por jogo.
O são-paulino Calleri ostenta média de 78,4 minutos por confronto.
Contra o Corinthians, Luiz Henrique deixou o campo aparentemente contrariado.
Após o jogo contra o São Paulo, Artur Jorge explicou por que novamente sacou o atacante.
“Quando coloco um tenho que tirar o outro. Para ter um jogador que segura a bola na frente, ele [Tiquinho] consegue 10 vezes mais do que o Luiz. Nós já estávamos no último terço, não tínhamos muito espaço para atacar. Tínhamos que procurar chegar em bolas frontais e laterais na zona de finalização. Procuramos não ter só o Igor, queríamos dois homens para finalizar quando a bola chegasse àquela zona”.
Na boa fase do Botafogo, até o craque do time não é para 90 minutos.