Graças a dois gols de Arrascaeta, o Flamengo bateu o Cruz Azul, conquistou o Derby das Américas, e se garantiu nas semifinal da Copa Intercontinental. Agora, o Rubro-Negro terá pela frente o Pyramids, que podemos tratar como o “mais brasileiro dos times egípcios”.

Isso porque a equipe conquistou, pela primeira vez, o título da Champions League da África, e depois ainda venceu o Auckland City, da Oceania e o Al Ahli, da Arábia Saudita, para levar o troféu da Copa África-Ásia-Oceania e marcar presença na semi do torneio entre os melhores de todos os continentes.

O Pyramids FC nasceu em 2008 com o nome de Al Assiouty Sport, fundado em Beni Suef, no Alto Egito. Em 2018, o milionário saudita Turki Al-Sheikh comprou o clube, mudando o nome e a cidade-sede.

Com o poderio ofensivo do ex-presidente da Autoridade Esportiva Geral e um dos responsáveis por revolucionar o futebol na Arábia Saudita, o time não demorou a virar uma das potências da África.

Uma das primeiras ações do dirigente foi contratar uma enxurrada de brasileiros. Em 2018, chegaram nomes como Keno, Carlos Eduardo, Ribamar, Arthur Caíke e Rodriguinho, todos que se destacaram na época no Brasil, em Palmeiras, Goiás, Athletico-PR, Chapecoense e Corinthians, respectivamente, e viraram apostas do Pyramids.

Alguns deles, aliás, construíram histórias ligadas ao Flamengo. Talvez o mais marcante deles tenha sido Ribamar. Em sua passagem pelo Vasco, um ano depois na aventura no Egito, ele não chegou a causar saudades no torcedor quando foi embora, mas teve uma atuação para lá de marcante, anotando, no finalzinho, o gol de empate nos 4 a 4 com o Rubro-Negro em 2019, que na época era comandado por Jorge Jesus.

Já Rodriguinho é um que poderia fazer parte da vencedora geração rubro-negra daquele ano, já que foi especulado no clube carioca e alguns apontam até mesmo que era a preferência em relação a Arrascaeta, que acabou sendo contratado do Cruzeiro e hoje em dia é um dos maiores ídolos do time da Gávea.

Na ocasião, o Flamengo acabou desistindo do meia brasileiro e investiu pesado no uruguaio. Como seu substituto em Minas Gerais, o contratado foi justamente Rodriguinho, em uma negociação que na época foi bastante comemorada pelos cruzeirenses, que acreditavam que haviam saído ganhando.

Outro com alguma relação com o Rubro-Negro nessa leva era Arthur Caike, que atuou no clube em 2014, a pedido do técnico Vanderlei Luxemburgo, mas teve atuações para lá de discretas e se despediu meses depois.

Por algum tempo, todos eles foram dirigidos por Alberto Valentim, atual técnico do América-MG, que teve breve passagem pelo futebol egípcio.

O Brasil segue no Pyramids

E se todos esses jogadores mais famosos já deixaram o Pyramids, tem um que segue representando o Brasil por lá até hoje. Trata-se de Ewerton Paixão da Silva, atleta revelado pelo São Bernardo e que fez a carreira no leste europeu, antes de migrar para o Egito, em julho de 2025.

Desde que chegou, ele é titular absoluto, já tendo disputado 17 jogos, com dois gols e uma assistência, justamente na estreia da Copa Intercontinental, contra o Auckland City, da Nova Zelândia.

Onde assistir a Flamengo x Pyramids?

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