O goleiro titular do Real Madrid, Thibaut Courtois, fez coro ao aviso do meio-campista Rodri, do Manchester City, que disse nesta semana que os jogadores do futebol europeu estão “perto” de organizarem uma greve devido ao alto número de jogos que são obrigados a atuar.

Em entrevista coletiva na última terça-feira (17), o espanhol afirmou que uma paralisação está se tornando a única opção dos atletas para que os dirigentes revisem o calendário cada vez mais congestionado, que ficou ainda pior depois da ampliação da Champions League pela Uefa e da criação do novo Mundial de Clubes pela Fifa.

“Acho que essa [ideia de greve] é a opção geral dos jogadores. Se as coisas seguirem assim, vai chegar um momento em que não haverá outra opção”, disse Rodri.

Tanto Real Madrid quanto City estão na Liga dos Campeões e vão participar do Mundial de Clubes de 2025, nos Estados Unidos, no ano que vem. A previsão é que esses times disputem cerca de 70 jogos na temporada 2024/25.

“Rodri está certo”, disse Courtois, nesta quarta-feira (19), em entrevista ao streamer espanhol Ibai Llanos.

“Há muitos jogos. Os torcedores querem ver o que há de melhor, então temos que encontrar um equilíbrio. Como há muitos jogos atualmente, há também muitas lesões”, apontou.

“Com a Nations League e o Mundial de Clubes, mais jogos foram colocados no calendário. As pessoas dizem que nós [futebolistas] ganhamos muito dinheiro e não podemos reclamar, e isso é verdade, mas temos que encontrar o equilíbrio, porque, da forma que está, os melhores (jogadores) não conseguirão jogar”, complementou.

Em comunicado enviado à ESPN, aliás, a PFA (Associação dos Atletas Profissionais da Inglaterra) reiterou que está “abrindo procedimentos legais” contra a Fifa devido ao acúmulo de partidas gerado pela entidade com a criação do novo Mundial.

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