Se resolver mesmo trocar o futebol saudita pela MLS, Neymar voltará a um tempo que era criança, mas ganhava absurdas vezes mais que companheiros dos times de garotos do Santos.
A liga dos EUA de futebol tem um abismo raro entre os jogadores mais bem pagos e o que estão no fim da fila no ranking salarial. Segundo o jornal francês “L’Equipe”, Neymar só aceita ir para os EUA com um salário equivalente ao que Messi recebe no Miami.
Fora patrocínios e participações nas receitas do time, o argentino tem um salário base de US$ 12 milhões. Com bônus esportivos, sua remuneração anual chega a US$ 20,446 milhões, ou mais de R$ 120 milhões pelo câmbio atual.
Generosa com os astros, a MLS paga salários de alguns clubes da Série C do Brasileiro para quem está na base da pirâmide. O salário mínimo da liga na temporada 2024, recebido por cerca de 200 atletas, é de apenas US$ 71,4 mil anuais, ou cerca de R$ 428 mil mensais.
No Chicago Fire, que segundo apuração da ESPN é um dos interessados em Neymar, três jogadores precisaram viver com o salário mínimo no ano passado: o goleiro Bryan Dowd, o lateral Justin Reynolds e o meia Laurence Wootton (esse ainda tinha um bônus anual de US$ 2 mil).
O salário base da MLS é tão modesto que perde para uma imensa lista dos ganhos médios de profissões nos EUA. No site do escritório de trabalho americano, é possível checar o salário médio de mais de 700 profissionais em centenas de cidades e regiões do país.
Em Chicago, várias profissionais de outras áreas que no Brasil nem em sonho podem receber o mesmo que um jogador de futebol de primeira divisão, levam para casa mais dinheiro que prováveis novos companheiros de Neymar.
Um bombeiro recebe, na média, US$ 82,6 mil (R$ 495 mil) anuais em Chicago. Um carpinteiro, US$ 76,6 mil (R$ 459,6 mil). Mais bem remunerado é um professor de geografia: US$ 85,8 (R$ 514,8) mil por ano.
Contando todas as profissões, o salário médio de Chicago é de US$ 65,250 (R$ 391,2 mil) mil anuais. Vai ser duro um salário mínimo não passar a bola para Neymar na MLS.