O primeiro jogo da NFL no Brasil foi bastante especial para muitos fãs, que tiveram a oportunidade de assistir a um jogo da liga profissional de futebol americano pela primeira vez na vida. Mas ele foi ainda melhor para alguém que esteve dentro de campo. Tanner McKee, quarterback reserva do Philadelphia Eagles, tem uma grande ligação com o país, já que morou por algum tempo por aqui e fala português quase que fluentemente.
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Nascido em Irvine, na Califórnia, o atleta de 23 anos morou por dois anos no Paraná, em cidades como Curitiba e Paranaguá, atuando como missionário religioso pela igreja mórmon. Ele gostou tanto da experiência no país a ponto de ter colocado a bandeira do Brasil ao lado da dos Estados Unidos no capacete em que utiliza para jogar na NFL.
“O Brasil faz parte da minha história. Me ajudou a chegar no lugar que estou hoje”, disse ele, em entrevista recente à ESPN, destacando o quão importante para ele foi o período no país.]
Na última segunda-feira (16), logo após o Monday Night Football, em que seu time foi derrotado pelo Atlanta Falcons, o quarterback voltou a conversar com a reportagem da ESPN e agradeceu todo carinho que ele e seus companheiros receberam na partida disputada em São Paulo.
“Foi tão ótimo voltar para lá. Foi a minha primeira vez desde a minha missão, mas estava ótimo para ver o povo brasileiro. Eles estavam falando sobre a minha missão, sobre a gente jogando um jogo no Brasil, todo mundo agora quer voltar para jogarmos outro jogo. Foi ótimo para rever o povo brasileiro. Nossos fãs são muitos bons e tem muitos fãs lá no Brasil também. Foi ótimo”, iniciou ele, detalhando o reencontro com amigos que fez nos tempos em que vivia por aqui e chegou a jogar pelo Coritiba Crocodiles. E recebeu até presentes especiais.
“Eu tenho duas camisas: uma do Brasil e uma dos Crocodiles, as duas escritas McKee, então está ótimo.”
E se estar no Brasil já foi especial, vivenciar a experiência em um estádio lotado de torcedores brasileiros foi ainda mais marcante.
“Estava muito legal para ver o campo, para ver o estádio, porque tinha aquele… não sei como se fala, mas aquele negócio… O teto. E quando as pessoas estavam fazendo muito barulho, nossa! Estava muito barulho mesmo. Quando a gente estava no campo foi ótimo. O povo brasileiro começou a cantar o hino brasileiro. Nossa, foi ótimo! Até os meus colegas. Eles não falam português, mas estavam olhando para todo mundo ‘nossa, isso é muito legal’. Porque estava ótimo.”
Nem mesmo a precaução que alguns atletas estavam com a violência de São Paulo e algumas críticas ao gramado da Neo Química Arena diminuíram a festa: “Acho que tem um pouquinho de preocupação quando você não sabe o que vai fazer. Era um lugar que eles nunca visitaram, um lugar que eles não falam o idioma, mas quando eles estavam lá com o povo brasileiro, eles: ‘nossa, essas pessoas são ótimas’. Então, foi muito legal ver eles aprendendo um pouquinho sobre a cultura, sobre o idioma. Estava muito legal.”
‘Consegui comer coxinha’
A visita ao Brasil também fez com que Tanner McKee matasse um desejo que estava desde que retornou aos Estados Unidos. E ainda apresentou a culinária brasileira aos seus familiares.
“Consegui uma coxinha! Minha esposa e minha família nunca haviam comido comida brasileira, então eles tomaram caldo de cana, comeram coxinha, pastel. Foi legal para eles experimentarem essa comida.”