A derrota no confronto direto para o São Paulo, por 3 a 0, nesta terça-feira (5), na Arena Fonte Nova, complicou o Bahia na briga por uma vaga na CONMEBOL Libertadores de 2025. O técnico Rogério Ceni, porém, evitou jogar a toalha.

Faltando seis partidas, o Bahia é o sétimo colocado, com 46 pontos, a oito do São Paulo, que estaria indo para a pré-Libertadores. O time baiano, porém, pode ser ultrapassado pelo Cruzeiro no complemento da 32ª rodada.

Rogério Ceni admitiu que a situação é difícil, mas manteve a esperança de levar o Bahia para a Libertadores. O treinador negou que o time tenha se acomodado depois de ter alcançado os 45 pontos, que afasta qualquer risco de rebaixamento para a Série B, e lembrou do bom início de campeonato.

“O meu propósito é ir para a Libertadores. Não podemos nos contentar. Tivemos um primeiro tempo contra o Vasco que foi ridículo de postura, que aparenta essa análise (acomodação) que você fez. Mas no segundo tempo daquela partida e no dia de hoje acho que não pode ser feita dessa maneira. A gente não vem conseguindo resultados, alguns jogos estamos jogando bem, mas no momento de fazer gol não conseguimos”, lamentou Ceni.

“O campeonato dentro das 10 primeiras rodadas ofereceu muitas coisas positivas para a gente e não podemos jogar fora essa chance de ir para a Libertadores. É difícil? Claro que o Brasileiro é difícil. Mas foi um começo de campeonato muito bom para a gente desistir nesse momento. Sei que é um momento difícil, mas não podemos desistir. Para mim é um sonho ver o Bahia na Libertadores e eu vou atrás até o último dia. A reação tem que começar neste sábado, não dá mais para esperar a reação”, completou.

A torcida, porém, perdeu a paciência com o quarto jogo seguido sem vitória e vaiou o time na saída do gramado. Na madrugada de segunda para terça-feira (5), a torcida havia protestado com um boneco com a foto de Rogério Ceni pendurado em um viaduto próximo à Arena Fonte Nova.

“Eu lamento o episódio e não vou tecer comentário sobre o episódio em si. O torcedor fica chateado, fica triste, vaia… É direito do torcedor, que paga ingresso e quer ver o time vencer. E quando não vence ele se frustra, assim como a gente se frustra, porque o trabalho nesse momento está dando resultados inferiores do que a gente vem trabalhando no dia a dia. Vaiar, xingar, eu entendo tudo isso. Mas durante o jogo, eu só queria de coração… Estamos devendo resultados, mas essa vaia os jogadores sentem”, afirmou o treinador.

“Sei que o torcedor fica magoado e a única coisa que eu digo é que durante o jogo a vaia não vai favorecer, não vai fazer com que os jogadores executem os melhores movimentos. É de direito, mas eu pediria porque os jogadores sentem durante o jogo. Precisamos do torcedor incentivando o máximo possível, temos bons jogos em casa e vamos atrás da pontuação necessária para conseguir a vaga na pré-Libertadores”, reforçou.

O Bahia volta a campo no sábado (9), contra o Juventude, às 19h (de Brasília), no Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, pela 33ª rodada do Brasileirão.

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