Nesta quinta-feira (21), o Manchester City divulgou o documentário “Together” (“Juntos”), mostrando diversos bastidores da conquista do tetracampeonato seguido da Premier League na última temporada.

O filme reúne entrevistas com dirigentes, jogadores e membros da comissão técnica, que relembram passagens marcantes da campanha.

Os melhores momentos, porém, ocorrem no vestiário, com episódios marcantes e “explosivos”, numa mostra dos métodos intensos do técnico Pep Guardiola.

Confira abaixo alguns destaques do documentários dos Citizens:

A bronca fortíssima em Phil Foden

Em 16 de dezembro de 2023, o City ia vencendo o Crystal Palace em casa, pela 17ª rodada, quando um “desastre” aconteceu aos 50 minutos do 2º tempo.

Em uma bobeada gigante, o meia-atacante Phil Foden errou na marcação e cometeu pênalti, que foi convertido por Olise no último chute da partida. Resultado final: 2 a 2.

No documentário, Guardiola é visto dando uma bronca fortíssima em Foden pelo descuido, que custou dois pontos “certos” à equipe de Manchester.

“Quando estamos defendendo a p*** da nossa área, você não toca no oponente! Você não toca no oponente! Isso é inaceitável. Phil Foden, isso é inaceitável!”, dispara o treinador, enquanto o jovem inglês ouve sem responder.

“Vocês não são mais garotos, não são mais adolescentes. Eu falei alguma coisa quando perdemos pontos contra Tottenham e Liverpool. Eu coloquei a culpa em alguém?”, questiona. Veja abaixo:

Depois, em entrevista concedida durante o filme, Pep revela que se arrependeu pelas palavras fortes e por ter “exposto” o atleta em meio ao vestiário.

“Eu não tenho muito orgulho das minhas atitudes em algumas ocasiões. Muitas vezes, logo após os jogos eu estou muito bravo e deixo minhas emoções fluírem, e isso afeta os jogadores”, admitiu.

“Eu sou um ser humano, eu cometo erros. Não gosto de me comportar assim. Naquele momento, a gente vinha ganhando de 2 a 0 e levamos o empate em um pênalti desnecessário, mas às vezes eu não consigo me controlar”, lamentou.

“Você não pode ir para casa arrependido”

Em outro trecho do filme, Guardiola é mostrado motivando seus jogadores antes de uma partida.

Na preleção, o treinador ironiza a forma desanimada como seus atletas responderam seu chamado e pede para eles serem mais enérgicos.

“Minhas palavras para o estafe e para os jogadores: esse tipo de atitude não funciona se você não acredita em si mesmo, se você não acredita que vai conseguir”, berra.

“Agora é o momento que vocês têm que provar como são incríveis como time. Não importam as consequências se a gente não ganhar. Vocês têm que se provar!”, segue.

“Vocês não podem ir para casa arrependidos e pensando: ‘Esse não era eu em campo'”, completa o comandante. Veja como foi:

Choro copioso de Guardiola

Um dos momentos mais marcantes do documentário ocorre depois da vitória por 3 a 1 do City sobre o rival Manchester United, pela 27ª rodada, no Etihad Stadium.

No vestiário, chama a atenção a atitude de Pep Guardiola, que, ao invés de estar celebrando efusivamente o triunfo no dérbi, começa a chorar copiosamente.

Depois, o comandante reúne seus atletas e explica que estava chorando porque havia recebido antes do jogo a informação de que um funcionário do clube havia sido diagnosticado com câncer.

“Todos queriam mais dinheiro”

A obra ainda tem outro interessante momento de bastidores, desta vez envolvendo Txiki Begiristain, diretor de futebol dos Citizens.

Em entrevista no decorrer do filme, o cartola fala sobre as dificuldades da janela de transferência logo após a conquista da Tríplice Coroa de 2022/23.

De acordo com Begiristain, as renovações de contrato foram extremamente complicadas, já que os atletas estavam extremamente valorizados e queriam portentosos aumentos.

Ao mesmo tempo, o espanhol teve que lidar com a insatisfação de atletas pouco utilizados e pediam todo dia para serem vendidos a outros clubes.

“A janela de transferências foi bem chata, para falar a verdade… Pelo menos para mim, porque, depois de ganhar a Tríplice Coroa, ficou todo mundo confuso”, contou.

“Os jogadores que foram protagonistas dos troféus começaram a pensar que tinham que ganhar mais e fazer novos contratos. Ao mesmo tempo, os que não atuaram nas partidas importantes ficaram bravos e queriam sair do time”, relatou.

As principais perdas daquela janela foram Gündogan, que foi para o Barcelona ao não renovar contrato, Cole Palmer, negociado com o Chelsea, e a dupla Mahrez e Laporte, vendidos a clubes da Arábia Saudita.

Ao mesmo tempo, o dirigente trouxe nomes como Kovacic, Gvardiol, Doku e Matheus Nunes.

Próximos jogos do Manchester City: