O fim tenso do clássico entre Flamengo e Botafogo segue rendendo dores de cabeça fora dos gramados. Após serem denunciados na sexta-feira (14), Cleiton, Alex Telles e Barboza foram suspensos preventivamente pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol do Rio de Janeiro. O gancho é válido por 30 dias.

A decisão foi publicada neste sábado (15) pelo órgão e é assinada pelo presidente Dilson Neves Chagas.

Além dos atletas, o TJD-RJ estendeu o gancho a Paulo Renato Coelho, responsável pelo VAR na partida. A suspensão ao árbitro Bruno Mota Correia não foi acolhida.

O presidente do TJD-RJ justificou a decisão pela suspensão preventiva com base no artigo 35 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva, que trata sobre “gravidade do ato ou fato infracional”.

  • “O atleta Alexander Nahuel Barboza Ullua da equipe Botafogo agiu de forma lamentável buscando agredir companheiros de profissão sendo inclusive agredido pelo denunciado Cleiton Santana.

  • Considero gravíssimos os fatos ocorridos e protagonizados pelo atleta que, como ídolo de vários jovens que com certeza buscam nele um exemplo, tem o dever de agir em conformidade com a responsabilidade que sua influência exerce sobre seus fãs.

  • O mesmo se pode dizer quanto ao atleta Alex Nicolao Telles que, da mesma forma que o atleta Alexander Barbosa, ‘tem a responsabilidade de ser um bom exemplo uma vez que podem influenciar a torcida, outros atletas, jovens atletas, crianças e etc.” (sic item 42 da denúncia).

  • Nada justifica seu desrespeito ao Delegado da partida mencionado no item 44 da inicial, razão pela qual sua suspensão preventiva se faz correta.

  • Finalmente o atleta Cleiton Santana dos Santos não merece melhor destino pois agrediu fisicamente o atleta Alexander Barbosa, como relatado na súmula e transcrito no item 38 da peça exordial”.

Quanto ao VAR, a decisão do TJD-RJ indica “erro gravíssimo” de Paulo Renato Coelho ao não indicar revisão do lance que envolveu De La Cruz e Matheus Martins no segundo tempo da partida.

  • “A função do denunciado Paulo Renato é observar e alertar o árbitro de campo sobre situações que podem ter escapado à sua vigilância, chamando-o para observar com calma situação que ele entendeu grave. A decisão cabe ao árbitro de campo, mas, repito, o árbitro VAR tem a obrigação de alertar seu companheiro para que este exerça seu múnus com clareza”.

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