O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) não trabalha com uma projeção exata de medalhas, mas nunca escondeu que o objetivo para as Olimpíadas de Paris era de quebrar recordes – o de número de ouros (7) e especialmente o de total de medalhas (21). Só que essa meta não foi alcançada – por pouco – na capital francesa. E a explicação na hora do balanço final citou “ondas, ventos e contratempos” para que isso acontecesse.
“Com certeza tivemos um resultado brilhante. Pequenos detalhes fazem a diferença. Então a gente entende que foi um resultado muito bom. Alcançamos grandes objetivos. Se algumas ondas, alguns ventos e alguns contratempos que aconteceram não tivessem acontecido, possivelmente a gente teria quebrado o recorde”, disse Ney Wilson, Diretor de Esportes de Alto Rendimento do COB.
“Nós conseguimos manter o número de medalhas nesse nível de 20. Tivemos uma queda no número de ouros, é inegável. Mas as vezes são pequenos detalhes que fazem a diferença para a cor da medalha, alguns que não estão no nosso controle. Vamos lembrar do mar lá no Taiti, é algo que a gente não controla e a gente esperava que pudesse ter um resultado melhor”, completou Rogério Sampaio, Diretor Geral do COB e Chefe de Missão do Time Brasil em Paris.
“Eu trabalho desde sempre com superação e evolução. No meu entender, a gente teve evolução em outras áreas. Foram 11 atletas que foram para a disputa de medalhas. Se todos ganhassem, seria um número extremamente superior. Mas a gente não controla algumas variáveis. Muitos virtuais campeões não conquistaram medalhas e depois vamos verificar o que aconteceu. O investimento do COB foi maior que em Tóquio. Toda e qualquer demanda que veio foi atendida. O COB cumpriu sim sua missão de evoluir”, finalizou Paulo Wanderley, presidente do COB.
Mesmo sem o recorde, o clima do balanço era de que foi sim uma boa participação brasileira em Paris. E já com uma projeção de que o resultado seguirá evoluindo para as Olimpíadas de Los Angeles, em 2028.
“Finalmente em Los Angeles teremos um ciclo olímpico de 4 anos. Nós tivemos um de 5 para Tóquio e agora de 3 para Paris. Foram dois ciclos desafiadores. E foram os dois que conseguimos o maior número de medalhas da história”, disse Rogério Sampaio.
“O número de quarto e quinto lugar me dá a confiança que em 2028 podemos ter uma apresentação tão grandiosa como essa. A gente espera que o número seja melhor, é uma busca de todos nós e é para isso que a gente trabalha”, completou.
“A gente tem um número de modalidades grande que briga consistentemente em nível internacional. Nos permite avaliar que a gente vai conseguir avançar e evoluir nos próximos quatro anos”, finalizou Ney Wilson.