Nesta quinta-feira (10), a França enfrenta Israel, às 15h45 (de Brasília), pela 3ª rodada do grupo 2 da Uefa Nations League, com transmissão AO VIVO pelo Disney+ Premium.
Os Bleus chegam para a partida com clima agitado nos bastidores, já que a não convocação do superstar Kylian Mbappé para a Data Fifa caiu como uma bomba no país.
Explica-se: o agora capitão da seleção francesa sofreu lesão muscular no mês passado, mas conseguiu regressar aos gramados no último dia 2, no 2º tempo da derrota do Real Madrid para o Lille, pela Champions League.
Um dia depois, o técnico da França, Didier Deschamps, convocou a seleção sem Mbappé, afirmando que o atleta de 25 anos “não estava na forma física ideal”.
No último sábado (5), por sua vez, Kylian foi titular na vitória por 2 a 0 do Real Madrid sobre o Villarreal, por LALIGA, mas terminou substituído na metade do 2º tempo.
O fato do craque ter entrado em campo pelo clube merengue, ao mesmo tempo que ficou fora da seleção, colocou Mbappé no “olho do furacão” em seu país, com uma chuva de críticas.
“Ou você está machucado e não joga por seu clube, ou você joga por seu clube e pela seleção”, disparou Maxime Bossis, um dos maiores nomes da história da seleção francesa, em entrevista ao jornal L’Équipe.
“Quando você sai do banco em um jogo de Champions e depois começa como titular em LALIGA, isso deixa tudo muito confuso. Mbappé é um jogador especial. Assim como era o Michel Platini, a gente quer que ele jogue, mesmo se não estiver 100%”, completou.
O tom das reclamações contra Mbappé subiu também porque ele se tornou o capitão da seleção há alguns meses e cresceu ainda mais de status com a aposentadoria de Antoine Griezmann, que anunciou na semana passada que não vestiria mais a camisa dos Bleus.
“Como capitão, Mbappé tem que ser um exemplo para os torcedores, algo que ele não vem sendo”, reclamou Fabien Bonnet, porta-voz do grupo “Irresistibles Francais“, que é a principal torcida organizada da seleção nacional, ao L’Équipe.
“A única conclusão que tiramos é que o verdadeiro capitão da equipe, que era o Griezmann, agora não está mais aqui”, lamentou.
Outro que disparou críticas fortíssimas contra Mbappé foi o o ex-lateral-esquerdo Patrice Evra, conhecido por não ter papas na língua.
Em conversa com a rádio RMC, Evra reclamou que “as chaves” da seleção francesa foram dadas a Kylian, enquanto, na sua visão, ele está longe do nível técnico de nomes do passado, como Karim Benzema.
“Não foi só o Deschamps, mas toda a França que deu muito a Mbappé. Deram a ele as chaves do PSG, as chaves da seleção francesa, mas Mbappé ainda é um jogador jovem. Criaram uma lenda em torno do Mbappé, mas, como todo respeito, ele ainda não atingiu o nível do Benzema”, afirmou o ex-atleta, que também se mostrou contrário a dar a faixa de capitão ao artilheiro.
“Eu nunca teria dado a faixa ao Mbappé. Deram tudo para ele, como você quer que ele fique motivado depois?”, questionou.
Em meio à turbulência, o único que tentou colocar “panos quentes” foi Philippe Diallo, presidente da Federação Francesa de Futebol.
De acordo com o dirigente, a não convocação de Kylian foi feita em acordo com o departamento médico do Real Madrid para que ele consiga se recuperar plenamente de sua última lesão muscular.
Ainda segundo Diallo, a fidelidade do astro à seleção nunca foi colocada em questão.
“”Não há nada acima da seleção francesa e das seleções nacionais. Didier Deschamps havia falado diretamente com ele e com a equipe médica do Real Madrid e decidiu não o convocar, o que não põe em questão o apego do Kylian à seleção francesa”, assegurou, em entrevista ao Franceinfo.
Sem Mbappé, a tendência é que Deschamps forme o atacante da França com Coman, do Bayern de Munique, Nkunku, do Chelsea, e Dembélé, do PSG.
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