Thiago Silva voltou ao Fluminense depois de quase 16 anos e, instantaneamente, mostrou sua influência no time. Além de auxiliar o time na luta contra a queda no Brasileirão, o defensor marcou um dos gols na virada sobre o Grêmio nas oitavas da CONMEBOL Libertadores.

Nesta quarta-feira (18), às 19h (de Brasília), Thiago e o Tricolor iniciam a busca por vaga na semifinal do torneio quando recebem o Atlético-MG no Maracanã pela partida de ida das quartas.

Em 2024, até a chegada de Thiago Silva, o Fluminense convivia com dor de cabeça no setor defensivo, algo parecido com o que aconteceu em 2009, quando o zagueiro deixou a equipe rumando ao Milan. Na ocasião, o Tricolor viveu meses de dificuldade. Somente no segundo semestre a lacuna conseguiu ser preenchida.

Chegando ainda jovem da Ponte Preta, Gum assumiu a camisa 3 que tinha sido deixada pelo Monstro. Um ‘peso’ que o próprio admite ter sido bem grande.

“Tinha um peso, porque, quando um ídolo, um cara da capacidade dele sai do Fluminense, deixa o peso de: ‘quem vai usar a camisa 3? quem vai substituí-lo?’ E eu nem fui contratado para isso, não tinha nome e nem peso para isso”, disse Gum em entrevista ao ESPN.com.br.

“Se fosse para contratar alguém do nível do Thiago Silva, tinha que ir ao mercado e trazer algum jogador de uma seleção por aí. Eu vim jovem da Ponte Preta, buscando uma oportunidade. Sempre que falavam do Thiago, eu sempre respondia que ele era muito grandioso, diferenciado”, completou.

Mas Gum também soube lidar bem com a missão. Afinal, ele mesmo sabia que ele não foi contratado para substituir Thiago Silva – muito pelo contrário.

“Eu não vim para substituir o Thiago Silva, isso me deu tranquilidade. Por mais que tenha um peso, eu sabia que não tinha como substituir. Eu vim para poder criar minha história, fazer o meu melhor, se conseguisse ter a mesma história que ele teve seria ótimo, mas ele era insubstituível, diferenciado demais”, afirmou.

“Eu vim com humildade para fazer meu trabalho e, naturalmente, conquistar o coração dos torcedores. E fico feliz porque deu certo, foi assim que aconteceu e hoje olha para trás com muito carinho, porque valeu a pena todo sacrifício”, finalizou.

E a missão foi bem cumprida. Em nove anos vestindo a armadura tricolor, o guerreiro Gum fez 407 jogos e anotou 28 gols, sendo protagonistas nas conquistas de dois Campeonatos Brasileiros (2010 e 2012) e de um Campeonato Carioca (2012).

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