O CEO do Al Nassr, Guido Fienga, concedeu entrevista nesta quinta-feira (19) e subiu o tom ao falar do conturbado ambiente interno do clube saudita, assegurando que o astro Cristiano Ronaldo “não controla” a equipe e as decisões tomadas pela diretoria.
Os comentários de Fienga foram feitos depois de muitas especulações na imprensa local de que o português tem enorme poder de influência no time, tanto em decisões dentro quanto fora de campo.
Na última quarta-feira (18), por exemplo, o Al Nassr anunciou a demissão do técnico Luís Castro, trazendo o italiano Stefano Pioli para o seu lugar.
A mídia saudita, por sua vez, ressaltou que Cristiano foi decisivo tanto para a saída quanto para a chegada.
“Cristiano Ronaldo é nosso capitão e o maior jogador do mundo, não só pela proeza técnica, mas também pele forma como se comporta”, afirmou Fienga.
“Cristiano Ronaldo não controla o clube, mas, obviamente, sendo o nº 1 do mundo, ele dá as direções de onde devemos ir e quais objetivos temos que alcançar. Ele é um vencedor, então nós pedimos a ele que nos ensine a vencer”, completou.
O português de 39 anos venceu só um título, e de menor expressão, desde que deixou o Manchester United para ir para o Al Nassr, em dezembro de 2022.
O cinco vezes ganhador da Bola de Ouro soma 62 gols pela equipe de Riade, e, na avaliação da diretoria, seu “comprometimento” com o projeto dos saudistas ficou evidente depois que o craque chorou muito com a derrota na final da última Copa do Rei Saudita, em maio deste ano, contra o rival Al Hilal.
“Nós queremos ganhar algo grande com ele esse ano, e esse é o maior objetivo que podemos alcançar. Cristiano é parte do nosso time, e estamos muito felizes com o que ele agrega”, discursou o CEO.
“Nós vamos melhorar passo-a-passo. Não esqueçam que, na janela, investimos quase US$ 100 milhões em novos jogadores. Acredito que fizemos um bom trabalho para reforçar o elenco com os bons jogadores que estávamos precisando”, seguiu.
“Agora, precisamos trabalhar duro e dar estabilidade ao clube. Para seguir evoluindo, não podemos destruir tudo de seis em seis meses”, finalizou.