O atacante Dudu voltou a atacar a presidente Leila Pereira, do Palmeiras, em petição enviada à Justiça na semana passada. O jogador citou um caso envolvendo o Bruno Henrique e o Flamengo para questionar o STJD e sua condenação a seis jogos de suspensão após ofensas à dirigente.
A defesa do Dudu citou uma entrevista do presidente Hugo Jorge Bravo, do Vila Nova – autor da denúncia que motivou o início da Operação Penalidade Máxima -, após Bruno Henrique ter sido liberado a jogar após ter sido denunciado por forçar um cartão amarelo contra o Santos, em 2023, e beneficiar apostadores.
“Tal exemplo reforça que a estrutura e funcionamento do STJD não asseguram o distanciamento necessário para julgamentos justos, especialmente quando há envolvimento de figuras públicas de grande exposição midiática, como a Autora — que, conforme descreveu na inicial, é uma das personalidades mais influentes no cenário nacional”, disse a defesa de Dudu.
Na Justiça, em processo onde discute uma indenização de R$ 500 mil por parte de Leila, Dudu citou “ausência de independência decisória no STJD, órgão que há tempos demonstra fragilidade institucional e sensibilidade a pressões externas, especialmente aquelas relacionadas ao ambiente político e à CBF”.
O jogador, que recentemente viu a Justiça rejeitar queixa-crime movida por Leila, na Justiça de Belo Horizonte, ressaltou que o tribunal mineiro não reconheceu misoginia, apontou inexistência de dolo e de fato típico na denúncia da presidente do Palmeiras. Então, Dudu concluiu que o julgamento no STJD foi precipitado, politizado, contaminado por pré-julgamento e instrumentalizado para fins externos ao processo”.
A defesa do atleta apontou que ele foi severamente punido pelos “caprichos de Leila e através de sua interferência”, com a” impossibilidade de atuar por 6 partidas, exposição midiática nacional sob imputação infundada de misoginia, danos morais e profissionais significativos e abalo à sua imagem pública e reputação”.
No STJD, Leila acusou Dudu de misoginia, o que foi aceito e gerou a punição do jogador. A defesa do atleta acredita que ele sequer deveria ter sido julgado no tribunal esportivo.
Com base nesses argumentos, Dudu pediu que uma ação de indenização movida por Leila contra ele seja rejeitada e que a presidente do Palmeiras lhe pague R$ 500 mil, além de uma retratação pública nos telões do Allianz Parque, de modo a reparar os prejuízos à sua imagem como atleta.
Em sua defesa, Leila também apontou que a Justiça de São Paulo rejeitou uma queixa-crime movida por Dudu e citou novamente a decisão do STJD, que “ressaltou a gravidade das ofensas, bem como do propósito do jogador de causar dano à dirigente”. A presidente diz que o atleta quer atacar a lisura do julgamento, pois não tem argumentos suficientes para refutar as conclusões perante a justiça desportiva.
Leila acrescentou que Dudu cometeu “atos ilícitos”, sem que existam quaisquer dúvidas que os mesmos foram cometidos.
Recentemente, a Justiça de São Paulo rejeitou o ingresso da União Brasileira de Mulheres como amicus curiae em uma ação movida pela presidente do Palmeiras, Leila Pereira, contra Dudu. A decisão frustrou as mulheres do grupo, que esperavam manifestar apoio à dirigente em uma briga que se estende há quase 1 ano.
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