Gilberto Gil ensinou que a fé não costuma ‘faiar’. E se tem um jogador que acredita nisso, esse é Matheus Pereira. O meia, vencedor do Prêmio ESPN Bola de Prata 2025, acumula diversas superstições que o acompanham durante todos os jogos do Cruzeiro.

Matheus é o último a descer do ônibus e a sair de qualquer lugar. Sempre entra em campo mascando o que torcedores acreditavam ser chiclete, mas estão enganados. “É mel”, confessa aos risos. Segundo ele, se algo dá certo, ele vai fazer sempre. E nesta temporada, muita coisa deu certo.

Foi o ano em que Matheus mais jogou na vida. São 49 jogos, com 7 gols e 9 assistências. Ele foi o garçom e o maestro do Cruzeiro, time do qual além de camisa 10, é torcedor declarado. Ao receber o troféu de melhor meia no Prêmio ESPN Bola de Prata, ele vibrou: “Quero agradecer a Deus o privilégio de estar recebendo esse prêmio no clube do meu coração”.

Para falar de Matheus, a torcida pensa em outra música: ‘Cheia de Manias’, clássico da banda Raça Negra. Manias essas que chamam a atenção e formam uma lista de peculiaridades já anotadas pelos cruzeirenses: ele treina com uma calça cortada ao invés do calção, joga com a chuteira desamarrada e corre com os dedos cruzados.

Matheus também aquece com uma camisa térmica de apenas uma manga e pula toda vez que dá um passe. “Isso é instinto, é como se eu tivesse no lance chutando ou cabeceando, é uma coisa natural que sai. Normalmente eu dou o pulinho como se fosse eu, e quem ta lá é o Kaio, que chuta e faz (o gol)”

Sobre as manias, o camisa 10 não esconde “sou muito supersticioso. Tem muita coisa que as pessoas comentam, muitas eu não posso contar”.

Com o fim do Brasileirão, Matheus agora vai usar todas as suas superstições contra o Corinthians, nesta quarta-feira, em busca do heptacampeonato da Copa do Brasil para o Cruzeiro. A partida de ida acontece no Mineirão, enquanto a volta é no domingo, na Neo Química Arena. Se passar, o Cruzeiro enfrenta o vencedor de Vasco x Fluminense nos dias 17 e 21 de dezembro.

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