A rivalidade entre Internacional e Grêmio muitas vezes faz personagens históricos dos dois clubes trocarem farpas entre si. Alguns, porém, separam o ambiente dos gramados do que ocorre fora dele para admitir a grandeza de ídolos do adversário. Magrão se encaixa no segundo grupo.

Antes do Gre-Nal deste sábado (19), às 16h (de Brasília), pelo Brasileirão, o ex-volante e dirigente colorado não poupou palavras para exaltar o técnico Renato Gaúcho, ídolo do Tricolor.

Em entrevista ao ESPN.com.br, Magrão apontou Renato como um dos principais treinadores do país e defendeu que ele muitas vezes é subestimado por seu jeito de ser, que faz com que algumas pessoas pensem que ele não “entende de futebol”.

“Treinador ‘macaco velho’. Por mais que critiquem, entende muito de vestiário, de futebol. Eu sempre falo: Renato em Grêmio x Inter vai ser sempre rival. Fora disso, tem muita coisa que pode acrescentar, principalmente em gerência de futebol e de grupo”, disse.

“Às vezes é subestimado por ser mais boleirão, falar a linguagem da bola. Pessoal acha que entende nada de futebol, mas o Renato, além de gerir, entende muito. Todos os jogos que tive como jogador e, agora, dirigente, foram complicados. Gre-Nal nunca é um jogo ganho, nunca é fácil”, completou.

Magrão ainda foi além. Citando seu histórico, o ex-dirigente colorado defendeu que o treinador gremista poderia muito bem assumir a seleção brasileira.

“O futebol é imediatista e de resultados. Se o Renato tem resultados na mão, ia ser o cara na ponta para (assumir) a seleção. O que precisa para a gente avaliar o treinador e o trabalho é o resultado. É o medidor da seleção, se é um bom dirigente, jogador ou treinador”, afirmou.

“A vitória esconde muita coisa ruim. Uma derrota mostra muitas coisas boas. Só quem está na bola para entender esse ditado. O Renato precisa do time. Se chegar, o nome vai estar em pauta. Pelo tempo que tem, possui capacidade para assumir a seleção”, finalizou.

Apesar de exaltar o rival, Magrão levou a melhor sobre ele em algumas oportunidades. Como dirigente, entre maio de 2023 e agosto de 2024, foram quatro jogos, três vitórias e somente uma derrota. Será que, mesmo após sua saída, o Inter manterá a escrita ou Renato irá reverter o cenário?

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