A Federação Chinesa de Futebol baniu 43 pessoas de qualquer atividade relacionada com o esporte, entre elas vários ex-jogadores, por corrupção e manipulação de resultados, informou a agência de notícias Xinhua nesta terça-feira (10).
Estas 43 pessoas, entre as quais estão os ex-jogadores da seleção do país Jin Jingdao, Guo Tianyu e Gu Chao, além do jogador sul-coreano Son Jun-ho, faziam parte de um grupo de 128 investigados há dois anos por envolvimento em apostas ilegais e manipulação de resultados no futebol chinês, segundo a mesma fonte.
A federação acusava Son de ter aceitado subornos e participado de armação de resultados quando jogava no Shandong Taishan.
O jogador sul-coreano retornou a seu país em março de 2024, depois de ter ficado detido na China desde maio do ano passado.
A notícia foi divulgada poucas horas antes de a seleção chinesa ter sido derrotada pela Arábia Saudita por 2 a 1, um resultado que afasta a equipe do objetivo de se classificar para a Copa do Mundo de 2026.
Na semana passada, na segunda rodada do Grupo C das Eliminatórias Asiáticas, a China foi humilhada pelo Japão com uma goleada por 7 a 0.
Há vários anos, as autoridades do país intensificaram a repressão contra a corrupção no esporte, especialmente no futebol, e vários ex-dirigentes esportivos foram condenados, como o ex-presidente da federação Chen Xuyuan, preso em março com uma pena de prisão perpétua por ter aceitado subornos “particularmente elevados”.
Nesse mesmo mês também foi revelado que o ex-técnico da seleção chinesa e ex-meio-campista do Everton da Inglaterra Lie Tie se declarou culpado por ter aceitado mais de 9,7 milhões de euros (R$ 60 milhões na cotação atual) em subornos e por ter ajudado a manipular resultados.