Nesta terça-feira (5), a Fifa divulgou o regulamento do novo Mundial de Clubes, que terá sua primeira edição em 2025, nos Estados Unidos.
No livro de regras, que tem 62 páginas, um dos pontos que mais chama a atenção é o artigo 4.2, que, no inciso “d”, diz o seguinte:
Os clubes participantes se comprometem a escalar seus times mais fortes durante a competição
Ou seja: as agremiações que estão classificadas para o torneio terão que se comprometer a colocar em campo suas formações titulares, sem usar elenco B ou reservas.
Além disso, o artigo 5.2 também diz que quem desistir de participar do Mundial terá que pagar multa pesada. Veja:
Qualquer clube que tiver assinado a Acordo de Participação e desistir da competição até 30 dias antes da primeira partida será multado em 250 mil francos suíços [R$ 1,676 milhão]
Qualquer clube que tiver assinado a Acordo de Participação e desistir da competição menos de 30 dias antes da primeira partida será multado em 500 mil francos suíços [R$ 3,352 milhões]
As regras da Fifa são divulgadas em momento de “revolta” na Europa com o Mundial de Clubes de 2025, principalmente pelo alargamento do calendário até julho do ano que vem.
Com o rígido regulamento, porém, clubes como Manchester City e Real Madrid, que vêm se posicionando publicamente contra o torneio, terão que não só participar como usar suas escalações principais.
Regra contra propriedade de clubes
No artigo 10, a Fifa também proíbe a participação de clubes de um mesmo proprietário no Mundial de Clubes.
Com isso, conglomerados como o City Football Group ou e Eagle Holding, comandada pelo dono da SAF do Botafogo, John Textor, poderiam ser afetados.
Exemplificando: se o Fogão vencer a CONMEBOL Libertadores e o Lyon já estivesse classificado, o time brasileiro não poderia entrar no Mundial, já que as duas equipes são controladas pela Eagle.
No entanto, como não há outro time do grupo de Textor na competição da Fifa, o Botafogo não terá qualquer problema nesse sentido – assim como o Atlético-MG, o outro finalista.
A mesma coisa aconteceria em caso de conquista do Bahia na Libertadores.
Como o Manchester City já estava no torneio por ter vencido a Champions League 2022/23, o Tricolor não teria participação autorizada por também fazer parte do City Football Group.
Seria o mesmo caso também do Red Bull Bragantino, pois o Red Bull Salzburg, da Áustria, já está classificado para o Mundial.