O debate sobre a utilização de gramados sintéticos no futebol brasileiro esquentou novamente nesta quinta-feira (11). Após o Palmeiras e mais quatro clubes emitirem um comunicado conjunto em defesa do campo artificial, o Flamengo fez uma publicação apontando o que entende ser “fato” e “fake” nesta discussão.
“GRAMA OU PLÁSTICO? O Flamengo esclarece, com dados e estudos, o que é FATO e o que é FAKE sobre o uso de gramados de plástico no futebol”, publicou o Rubro-Negro em sua conta do Instagram – veja a postagem ao final da matéria.
O ‘fato 1’ apontado pelo Flamengo é a protolocação, junto à Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de uma sugestão “de mais de 20 páginas, com metodologia de avaliação, parâmetros técnicos, recomendações de melhorias estruturais para a evolução gradativa dos gramados brasileiros de 2026 a 2029”.
Já o ‘fake 1’ citado pelo clube é de que o Rubro-Negro teria feito uma proposta que trata apenas sobre retirar os gramados de plástico, sem melhoria dos gramados naturais. Veja os demais pontos levantados pelo Flamengo abaixo.
“Fato 2: o Flamengo sugere um processo gradativo de subsstituição dos gramados sintéticos por naturais ou híbridos ao longo de 2 anos para a Série A e 3 anos para a Série B; Fake 2: a proposta do Flamengo quer uma mudança imediata que prejudica economicamente os clubes que têm gramados sintéticos.”
Antes de apresentar o terceiro ponto, a publicação feita pelo Flamengo ainda diz: “Se é para machurar feio, a bola podia ser de ferro”.
“Fato 3: a maior parte dos estudos tem fortes indicativos que os gramados sintéticos aumentam o risco de lesões mais graves, como rompimento de ligamentos e entorse de joelho – por causa da tração maior e impacto no corpo do atleta; Fake 3: negar os riscos do sintético ignora as evidências – estudos identificam microplásticos, PFAS e outras substância tóxicas (benzeno, ftalatos, metais pesados) em gramas sintéticas, além de oferecer maior risco de lesão aos atletas.”
Ao apresentar o quarto ponto, o Flamengo publica uma montagem que mostra um goleiro caído no gramado do Allianz Parque e cercado de lixo plástico.
“Fato 4: os atletas em vasta maioria se manifestaram contra o gramado sintético, mesmo os dos clubes que tem essa superfície em especial, os jogadores de destaque; Fake 4: os atletas não sente os impactos físicos e desportivos em jogar em uma superfície não natural do esporte.”
O Flamengo segue elencando os pontos que considera ‘fato’ e ‘fake’: “Se queremos o melhor, não jogamos no artificial.
“Fato 5: superfícies sintéticas ESQUENTAM muito mais que a grama natural (até +30°C em alguns casos e acima de 60°C sob sol forte), aumentando riscos de insolação, cansaço extremo e queimaduras por atrito; Fake 5: o Flamengo não se importa com a saúde dos atletas e equipe de arbitragem que atuam no sintético, além de negar riscos químicos e evidência como estudos que identificam microplásticos, PFAS e outras substâncias em gramas sintéticas, com potencial impacto à saúde.”
Para finalizar, o Rubro-Negro escreve que “onde o futebol é grande, o gramado de verdade”, apresentando seus últimos dois pontos no debate.
“Fato 6: as principais ligas de elite (Inglaterra, Espanha, Alemanha, etc.) exigem grama natural na 1ª divisão e a UE já definiu banir o infil plástico (microplástico) nesses campos até 2031, refletindo tendência global de restrição; Fake 6: dizer que ‘jogadores de alto nível amam o sintético’ é incorreto. Na verdade, muitos atletas de elite evitam jogar em gramado sintético, em movimentos recentes no Brasil defendem seu banimento pelo futebol profissional.”
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