Alex Poatan segue como detentor do cinturão da categoria até 92,9 Kg do Ultimate. Mesmo com um susto no começo do confronto, o brasileiro venceu Khalil Rountree por nocaute no quarto round na luta principal do UFC 307, disputado em Salt Lake City, em Utah, nos Estados Unidos.

Ex-campeão meio-pesado e membro do staff de Poatan, Glover Teixeira destacou o adversário enfrentado pelo ‘pupilo’, que é agora o campeão do UFC com três defesas de título bem-sucedidas no menor intervalo de tempo.

“Essa luta foi muita adrenalina, o Khalil é muito perigoso. No segundo round entrou alguns golpes. Ainda bem que ele é cabeça de pedra mesmo! Mas era disciplina! Focar e fazer o trabalho que foi feito na academia. O Poatan conseguiu fazer a partir do terceiro round até o momento certo de acabar com a luta”, disse Glover em entrevista ao UFC Fight Pass, sem negar que o desempenho do adversário preocupou o staff do brasileiro durante o combate.

“A gente assusta porque isso não costuma acontecer com o Poatan, ele tem uma defesa boa. O Poatan é isso aí que a gente vê, um dos melhores de todos os tempos. Vem provando isso, é um cara dedicado que é uma inspiração para todos nós. É um privilégio estar no córner de um cara tão bom, a gente aprende muito mais com ele do que ele com a gente”.

O brasileiro, que já foi campeão também dos médios, agora parece que vai buscar o sucesso também entre os pesados, categoria que tem Jon Jones como líder do ranking e Tom Aspinall na condição de dono interino do cinturão.

Poucos minutos após superar Rountree, ele detalhou o que planeja para o futuro.

Questionado sobre ver Poatan enfrentar grandes nomes da categoria dos pesados antes poder fazer uma luta por cinturão, Glover afirmou que o brasileiro tem repertório para enfrentar os melhores, apontando a luta diante Khalil Rountree como prova. “Qualquer um desses caras, Tom Aspinall, Jon Jones, Stipe Miocic. Podem até ser perigosos, mas não mais que o Khalil! Pode ser igual. Porque o Khalil bate muito forte e é muito mais rápido. O negócio do Poatan é isso: ir quebrando, machucando. E ninguém aguenta o ritmo”.