O Manchester City abriu os braços para o retorno de um ídolo. Nesta sexta-feira (23), o clube anunciou a contratação de Ilkay Gundogan, um ano depois de ver o alemão transferir-se para o Barcelona.
É a volta de alguém que representa muito para o time inglês e que reinaugura um movimento não tão recorrente no futebol europeu. Afinal, quantas vezes você viu um grande ídolo retornar ao clube que o consagrou?
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Exemplos existem, é claro, e envolvem todas as nacionalidades. Mas como foi o last dance de cada craque que aceitou o desafio de voltar a um lugar em que foi tão feliz?
O ESPN.com.br relembra abaixo 10 nomes que fizeram o mesmo que Gundogan. Quem foi bem, quem foi mal?
Shevchenko no Milan
O ucraniano virou ídolo incontestável do Milan, que o contratou do Dinamo de Kiev em 1999, após grande campanha na Champions League. Com a camisa 7, Sheva passou sete temporadas como principal nome de um estrelado elenco, que tinha jogadores renomados em praticamente todas as posições. Empilhou gols e títulos, entre eles a Liga dos Campeões de 2002/03.
Saiu vendido para o Chelsea em 2006, para um par de temporadas decepcionantes na Inglaterra, até decidir voltar a San Siro por empréstimo dois anos depois. A volta, porém, não foi das melhores. Já com 32 anos, Shevchenko anotou apenas dois gols em 26 jogos antes de voltar a Stamford Bridge.
Henry no Arsenal
O habilidoso atacante francês marcou época com a camisa do Arsenal. Em sua primeira passagem, que durou de 1999 até 2007, Henry liderou uma era de títulos, tendo como principal a conquista invicta da Premier League em 2003/04, e se tornou o maior artilheiro da história do clube, com 226 gols.
Quase seis anos depois, Henry voltou a Londres por um curto empréstimo de dois meses, enquanto o New York Red Bull não jogava a MLS. Disputou apenas sete partidas, anotou dois gols e conseguiu se despedir do clube em que marcou época, apesar de essa passagem nem se comparar à primeira.
Kaká no Milan
Do jovem que deixou o São Paulo para ser apenas uma opção no elenco do Milan, Kaká se tornou uma lenda com a camisa rubro-negra. Pelo clube, foi campeão de todos os títulos, venceu o prêmio de melhor jogador do mundo em 2007 e ainda fez a alegria da torcida ao recusar uma oferta milionária do Manchester City.
Saiu para o Real Madrid em 2009, mas não se encontrou no clube por conta de uma série de lesões. O retorno ao Milan aconteceu quatro anos depois, em uma época que nenhum dos dois eram os mesmos de outrora. Kaká anotou nove gols em 37 partidas e deu adeus ao clube para reencontrar outra paixão: o São Paulo.
Drogba no Chelsea
O marfinense foi um dos nomes mais marcantes da era Roman Abramovich no Chelsea. Na primeira passagem, entre 2004 e 2012, colecionou títulos e fechou o ciclo com a então inédita conquista da Liga dos Campeões. Foi dele, por sinal, o gol de empate e o pênalti decisivo na final contra o Bayern, em Munique.
Drogba mudou-se para a China, viveu duas temporadas no Galatasaray, da Turquia, e foi recontratado pelo Chelsea a pedido de José Mourinho, em 2014. Deu tempo de coroar o retorno com mais um troféu da Premier League, embora já não mostrasse o mesmo faro artilheiro de outros tempos.
Gotze no Borussia Dortmund
Principal nome do Borussia Dortmund de Jürgen Klopp, o autor do gol do título mundial da Alemanha em 2014 saiu brigado com a torcida um ano antes, por aceitar uma proposta do Bayern. Ficou três anos em Munique até topar um retorno.
O Götze da segunda passagem, porém, em nada lembrou o que encantou a Muralha Amarela. Entre 2016 e 2020, o meia anotou apenas 14 gols em quatro temporadas, desempenho que não empolgou o clube na hora de oferecer uma renovação. Hoje está no Eintracht Frankfurt.
Ibrahimovic no Milan
Zlatan é um atacante de várias camisas. Mas só voltou para uma delas: o Milan. Depois de uma temporada esquecível com Pep Guardiola no Barcelona, o sueco reencontrou a boa fase no time italiano em 2010. Foram dois anos com a camisa 11 rossonera, período em que marcou 56 gols, em um de seus grandes momentos na carreira.
Ibra aventurou-se pelo PSG, pelo Manchester United e depois LA Galaxy até, em 2019, aceitar o retorno ao Milan, que vivia uma fase bem diferente da que o atacante havia vivenciado. Mesmo assim, o polêmico artilheiro foi importante no ressurgimento do clube e encerrou a carreira com o gostinho de ter sido campeão nacional novamente.
Cristiano Ronaldo no Manchester United
Um dos maiores jogadores da história viveu dois períodos absolutamente distintos no Manchester United. Na primeira passagem, evoluiu de grande promessa a principal estrela do clube em seis temporadas. CR7 ganhou todos os títulos possíveis, bateu recordes e saiu como lenda em 2009 para o Real Madrid.
Doze anos depois, o reencontro. O United buscou Ronaldo na Juventus, naquele que parecia o momento perfeito. Mas o clube já não era o mesmo da época de Alex Ferguson. Cristiano marcou 24 gols na primeira temporada, mas perdeu espaço a partir da chegada de Erik ten Hag e saiu “chutado” para o Al Nassr, da Arábia Saudita.
Griezmann no Atlético de Madrid
O francês tem uma história marcante no Atlético de Madrid, ainda que dividida em duas passagens distintas. Entre 2014 e 2019, Griezmann foi a referência do time de Diego Simeone, com atuações grandiosas que lhe renderam uma transferência para o Barcelona, quando atuou ao lado de Messi e Suárez.
A experiência no Camp Nou durou dois anos, até que Griezmann decidiu voltar para Madri em 2021. Já mais experiente e sem a explosão do começo da carreira, ele voltou a ser titular absoluto e importante, mas ainda busca os títulos. Uma curiosidade é que o francês não esteve presente em nenhuma conquista de LALIGA.
Pogba na Juventus
Foi na Juventus que Paul Pogba virou um dos maiores meio-campistas do futebol mundial. Em quatro temporadas na Itália, brilhou com assistências primorosas e convenceu o Manchester United a recomprá-lo por 105 milhões de euros, até então a maior negociação da história.
Seis temporadas depois, Pogba deixou Old Trafford de graça e foi repatriado pela Juventus, que lhe deu a camisa 10. Acontece que a segunda passagem só teve momentos negativos. De agosto de 2022 até janeiro de 2024, disputou apenas 12 jogos, deu uma assistência e, para piorar, foi suspenso por doping, ao testar positivo para testosterona sintética.
Sergio Ramos no Sevilla
O zagueiro foi revelado na base do Sevilla, onde atuou em todas as categorias até chegar ao time de cima. Duas temporadas depois, já estava no Real Madrid, com a “benção” de Vanderlei Luxemburgo, técnico que referendou sua contratação e deu início à história gigante do camisa 4 no Santiago Bernabéu.
Dispensado pelo Real em 2021, Sergio Ramos foi para o PSG e viveu dois anos na França até retornar para casa. Em julho de 2023, o zagueiro acertou com o Sevilla para um “last dance”. Fez sete gols, marca expressiva para alguém da posição, mas não ajudou o time a ir além da 14ª posição.