Olhando para a parte de cima da tabela após a vitória no clássico contra o Palmeiras, o elenco do Corinthians curte dias de paz após a turbulência com eliminações nas semifinais da Copa do Brasil e CONMEBOL Sul-Americana. Fora da zona de rebaixamento no Campeonato Brasileiro, o grupo alvinegro tenta agora garantir uma vaga às competições internacionais para 2025.

Uma das grandes armas do Timão para tentar subir ainda mais na tabela é o apoio vindo da arquibancada na Neo Química Arena. Há mais de dois meses com capacidade quase total nos jogos em casa, o time não sabe o que é perder como mandante desde agosto.,

Em jogos pelo campeonato nacional, no entanto, o recorte da invencibilidade é ainda maior. A última derrota em Itaquera aconteceu diante do líder Botafogo, no início de junho.

E parte fundamental da força do Corinthians na Neo Química Arena está em seu torcedor.

“A toda hora essa gente está louca”, brincou o peruano André Carrillo em entrevista à ESPN. “Essa torcida é única. Falei para os colegas. Joguei em muitos lugares lá fora, mas tem que valorizar quem está aqui. Isso não se vive lá fora. O que eu estou vivendo aqui, lá fora você não vai saber nunca”.

“Acho que aqui muita gente pode normalizar, pode achar que é normal, mas não é normal. Aquela a torcida cantar 90 minutos, antes de começar o jogo, todo mundo abraçado, saltando de um lado para o outro, isso é único. Por isso, estou aproveitando, estou curtindo e vivendo cada dia”.

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Como áudio de Ramón Díaz motivou Carrillo a fechar com o Corinthians: ‘Não pedi um real a mais’

Jogador concedeu entrevista exclusiva à ESPN

Aos 33 anos e agora vivendo um momento mais calmo após chegar ao Corinthians em um verdadeiro furacão, Carrillo revelou que a chegada ao Parque São Jorge nasceu após receber uma mensagem de áudio do técnico Ramón Díaz, com quem trabalhou nos tempos de Arábia Saudita.

“Foi que o Ramón que me mandou um áudio, tipo brincando: ‘Carri, preciso de você aqui’. Mas não estava imaginando que eu ia sair da Arábia”, disse o meio-campista, que defendia o Al-Qadsiah. “Estava bem, minha família estava bem, eu estava contente lá. Mas chegou um momento que precisavam de uma vaga de estrangeiro e eu tive que sair”.

“Depois que que já tínhamos decidido, acertado tudo, Emiliano me falou: ‘Fabinho, vai te ligar’. E a partir daí o Fabinho me disse: ‘Eu estou mandando uma oferta’. Quando me mandaram a oferta, o primeiro valor que ele mandou, eu falei: ‘ok, estou pronto’. Eu não queria discutir. As outras possibilidades que eu tinha em outros lugares eram coisas que eu não estava feliz. E aqui, quando me falaram, eu disse: ‘Bora, vou logo’. Não pedi mais nada, nenhum real a mais”.

Mas como nasceu a decisão de seguir os passos dos compatriotas Paolo Guerrero e ‘Cachito’ Ramirez? À ESPN, Carrillo admitiu que não pensou duas vezes em aceitar o desafio, mesmo diante do momento ruim do time no Brasileirão.

“Todo mundo conhece o Corinthians, sabe do gigante que é. Por isso, foi muito fácil para mim decidir. É verdade que chegar em uma equipe onde está brigando para não cair não é fácil, mas sendo Corinthians, aceita-se essa responsabilidade, aceita-se aquele desafio, porque sabe que tirando a equipe daí, o próximo ano vai ser totalmente diferente”.

“Foi uma aposta que acho correta na minha carreira. Falei com o Guerrero, ele conhece todo mundo e ele me deu boas referências. E desde o primeiro dia que cheguei aqui foi aquilo que ele falou, loucura total, torcida louca, por isso estou muito feliz aqui, minha mulher, minha família estão todos felizes aqui”.

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