Neymar atingiu o objetivo mínimo. Em um ano com mais frustrações do que alegrias, o camisa 10 conseguiu voltar a jogar mesmo precisando de uma nova cirurgia no joelho e ajudou o Santos a evitar o rebaixamento no Campeonato Brasileiro.

Após a permanência, confirmada neste domingo (7) com vitória por 3 a 0 sobre o Cruzeiro, o craque demonstrou todo o alívio a ponto de conseguir brincar. “Acho que é o segundo ano que não ganho nada na minha carreira. Fato inédito (risos)”.

Mais sério, Neymar admitiu que temeu pelo futuro do Santos na elite, deu uma nota para sua temporada de volta ao Brasil e reiterou aquilo que já era sabido entre seu círculo próximo: a Copa do Mundo em 2026 é seu último objetivo no futebol.

“Ano complicado, obviamente. Você traça metas, traça objetivos e não consegue cumprir 100%, pelas adversidades no caminho, pelas pedras que existem, e faz parte. Nossa vida é assim. Obviamente o que eu sonhei não aconteceu. Mas o mais importante aconteceu, que era voltar e jogar no Santos. Eu consegui fazer isso acontecer”, discursou o camisa 10, que comparou seus problemas físicos com o de outros jogadores.

“As lesões acontecem, todo mundo que já machucou o joelho sabe. A gente vê um dos maiores jogadores do mundo, que é o Rodri, sofrendo para voltar, Pedro, então não é fácil… Quando é o Neymar, Neymar bebe, Neymar sai, Neymar… Mas fazer o que, faz parte. Confesso que foi muito difícil essas últimas semanas”, seguiu o atacante, ao admitir que pediu ajuda para superar os problemas.

“Pós-jogo contra o Flamengo eu apanhei demais. Acho que ultrapassaram um pouco nas pancadas. Quando é comigo passam um pouco do limite. Acho que foi a primeira vez que eu pedi ajuda. Meu emocional foi para o zero, não tinha forças para me reerguer sozinho. Meu treinador, meus companheiros e minha família foram importantes demais. Eu aguento muita pancada, mas dessa vez eu não aguentei”.

Neymar, mesmo longe dos 100% fisicamente, topou voltar no sacrifício para ajudar o Santos a evitar a queda. Foi decisivo ao anotar os três gols contra o Juventude e, novamente como titular, coroou a permanência contra o Cruzeiro, na Vila Belmiro.

“É um alívio, né. Cara, a gente passou por muito sufoco. Confesso que o medo bate na bunda ali. Não pode acontecer isso com o Santos. É mais por comemoração mesmo. Acho que a CONMEBOL Sul-Americana é um prêmio pelo o que fizemos nesses jogos”.

Sem admitir que vai continuar no Santos em 2026, o camisa 10 também avaliou seu ano e disse quais são as prioridades para o futuro próximo: férias e depois cirurgia para voltar a ter o joelho recuperado. Depois disso, o foco é claro: estar apto para jogar a Copa do Mundo do ano que vem.

“Acho que nota 7 é uma nota boa. Dentro de campo todos sabem que eu consigo me proteger, de alguma forma, mas as coisas não saem como queremos por muitos motivos. Agora é zerar o mental, esquecer o futebol por uns dez dias, porque eu preciso disso. Preciso zerar total”, falou Neymar.

“Depois, fazer a cirurgia que tenho que fazer e focar a partir daí. Tenho uma última missão aí. Preciso de férias, depois da cirurgia preciso focar 100%, então vou pegar uns bons dias para relaxar o mental porque foi um ano muito difícil. Depois é foco total para a última missão, que é a Copa do Mundo. O nosso foco é esse. Se Deus quiser, vai dar tudo certo. Eu estou sempre apto. Aí não é comigo”.