O duelo entre Lyon e Auxerre, neste domingo (27), pela 9ª rodada do Campeonato Francês, e que terminou empatado em 2 a 2, deu o que falar. E, inclusive, pode ser anulado por conta de uma atitude inusitada do árbitro da partida, Jeremy Stinat.
Ainda no primeiro tempo, Stinat marcou pênalti em cima de Mikautadze, que fez e abriu o placar. Porém, antes de ser chamado pelo VAR para rever o lance da penalidade, o árbitro havia assinalado tiro de meta a favor do Auxerre.
A atitude do árbitro indignou o time visitante, que através de seu capitão, o ex-Santos Jubal, que é brasileiro, entregou a Stinat uma “reserva técnica”, alegando que houve um erro de direito por parte do mesmo.
O que é ‘reserva técnica’?
De acordo com o artigo 559 da Liga de Futebol Profissional da França (LFP), a “reserva técnica” é um mecanismo de protesto legal ao dispor dos clubes que disputam a Ligue 1. Ou seja, uma queixa formal.
Após ser entregue por Jubal, o documento foi anexado pelo árbitro à súmula da partida. Para dar seguimento à “reserva técnica”, a mesma deve ser transformada em reclamação e enviada, em até 48 horas, por carta, à sede da LFP.
A decisão final será tomada pela Comissão Federal dos Árbitros da Federação Francesa de Futebol, que julga se a reclamação feita pelo clube interferiu ou não diretamente no resultado final da partida.
Com isso, a Comissão pode homologar o resultado ou então decidir que a partida seja novamente disputada pelas equipes envolvidas.
O Auxerre, inclusive, através de seu técnico, Christophe Pélissier, ameaçou deixar o gramado do estádio do Lyon, como forma de protesto pelo lance.
O clube alega que, no momento em que o VAR chamou o árbitro antes da marcação do pênalti, o goleiro do Auxerre já tinha cobrado o tiro de meta. E de acordo com o regulamento, o árbitro de vídeo não pode interferir em um lance anterior após a bola ser colocada de novo em jogo. O que configuraria um erro de direito.