Em 2008, o São Paulo era soberano, de verdade.

Era o único brasileiro tricampeão da Libertadores e do Mundial. Fechou 2008 com um inédito tricampeonato do Brasileiro.

Pulamos para 2025. O São Paulo só ganhou um título nacional em 17 anos. Sua estrutura, que era referência, hoje é pura sucata.

Não é competitivo. Deve uma fortuna. Não tem nenhuma perspectiva de melhora.

Entre a magia de 2008 e o inferno de 2025 aparecem o show de duas divas da música pop na história são-paulina.

Quando era soberano, o São Paulo foi envolvido em um “suposto caso Madonna”, que seria a doação de ingressos para o concerto da cantora no Morumbi para um juiz que poderia apitar jogo decisivo do Brasileiro.

A denúncia era frágil, e o São Paulo tão forte e exemplar que logo o caso foi esquecido.

Nesta segunda-feira, estourou um novo escândalo são-paulino, que tem show da cantora Shakira como personagem.

Um esquema que envolve a ex-mulher do presidente Julio Casares e alguns de seus mais importantes diretores foi revelado.

Essas pessoas estariam negociando e faturando com a venda de camarotes para o show de Shakira.

Em 2008, o São Paulo tinha credibilidade para ter presunção da inocência.

Agora, ainda mais pela força dos áudios divulgados pelo portal GE, ninguém se surpreende com mais um capítulo rumo à podridão absoluta no Morumbi.

17 anos é um bom tempo. Mas ainda assim impressiona o que aconteceu com o São Paulo.

A derrocada do clube nesse período, fica cada vez mais claro, não foram através de erros sem dolo.

O São Paulo foi destruído em todos os sentidos por seus cartolas, atuais e passados.

E, mais do que nunca, o clube, que eu invejava, virou um grande caso de polícia.