Em setembro do ano passado, quando o Bahia contratou Rogério Ceni, escrevi que o treinador era uma boa opção para o clube, mas que o Bahia era muito melhor para a carreira do técnico.
Hoje, 14 meses depois, o que era apenas só uma projeção se tornou realidade.
O Bahia entregou para Rogério Ceni muito mais do que o treinador entrega para o gigante nordestino.
O técnico até salvou, no sufoco para um elenco que já era bom, o clube do rebaixamento no ano passado.
Mas, em 2024, tem resultados pífios.
Perdeu a final do Baiano para o Vitória. Foi eliminado pelo CRB nas semifinais da Copa do Nordeste. Duas quedar para rivais com investimentos muito menores. E mesmo assim a diretoria do Bahia bancou o treinador e não o demitiu.
Caiu nas quartas de final da Copa do Brasil. Agora, no Brasileiro, está cada vez mais longe de uma vaga na fase de grupos da Libertadores-25 e pode ficar até fora da competição.
Aumentou ainda sua freguesia pessoal contra Flamengo e São Paulo.
Tudo isso com um investimento em reforços digno do que o Bahia é hoje: um clube do bilionário grupo City.
Desde o meio do ano passado, o clube gastou 29 milhões de euros na contratação de jogadores, ou quase R$ 200 milhões.
Como vendeu pouco, só ficou atrás no período de Flamengo, Botafogo e Cruzeiro no saldo entre o valor investido e recebido na transação de jogadores.
Ceni nem pode se queixar tanto de lesões. No Brasileiro, nove jogadores, incluindo Cauly, Everton Ribeiro, Caio Alexandre e Jean Lucas, os integrantes do quarteto de meio-campo, disputaram pelo menos 30 das 32 partidas do time.
Por fim, não faltou apoio da torcida. O Bahia tem a quarta melhor média de público do Brasileiro, com mais de 36 mil pagantes por jogo na Fonte Nova.
O Bahia merecia mais.
tempo no cargo
base do time mantida
apoio da torcida
freguesia são paulo e flamengo