Segundo apurou a ESPN, o Palmeiras iniciou movimentação nos bastidores para tentar unir os clubes brasileiros e aumentar a pressão em cima da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) após o lamentável caso de racismo envolvendo o atacante Luighi, na última quinta-feira (7), durante jogo do Verdão contra o Cerro Porteño, pela CONMEBOL Libertadores sub-20.

De acordo com fontes, o desejo é que, através da cobrança unificada, a entidade que rege o futebol sul-americano crie um protocolo claro para aplicar punições esportivas severas em caso de racismo – algo que não existe atualmente.

O Verdão ainda não formulou a ideia totalmente, mas o desejo é que seja elaborada uma espécie de cartilha que estipule punições objetivas a serem aplicadas em casos flagrantes de injúrias raciais, com a severidade aumentando conforme ocorrerem reincidências.

No momento, o plano está sendo desenhado nos bastidores alviverdes. Quando estiver pronto, a equipe palestrina tentará angariar apoio de outros times brasileiros, de forma a pressionar a Conmebol para que adote medidas mais enérgicas, inclusive em seus principais torneios, como a CONMEBOL Libertadores e a CONMEBOL Sul-Americana.

Mais cedo, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, concedeu entrevista coletiva e inclusive reclamou dos muitos problemas que o time paulista já teve com torcedores do Cerro Porteño, relembrando manifestações racistas ocorridas em 2022 e 2023.

“Não é a primeira vez que esse clube ataca nossos jogadores e torcedores. Em 2022, torcedores do Cerro ficaram imitando macacos para nossos torcedores e não aconteceu absolutamente nada. Em 2023, nossos atletas foram chamados novamente de macacos, o Bruno Tabata foi revidar a agressão e foi punido com quatro meses de suspensão. Tentamos reverter essa penalidade e não conseguimos”, lamentou.

“Agora, pela terceira vez, nosso atletas são atacados por racistas, e todos viram quem foi. O Luighi chamou a atenção do árbitro, o árbitro viu e inclusive não cumpriu a determinação da Fifa, que é paralisar o jogo, prender o criminoso e continuar o jogo”, acrescentou.

Na entrevista, Leila também afirmou que pedirá a exclusão do Cerro da Libertadores sub-20 e reforçou que o Verdão não abandonará o torneio. A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) fez coro e oficializou um pedido de expulsão do time paraguaio.

Em ligação à mandatária do Alviverde, na tarde desta sexta (7), o presidente da Conmebol, Alejandro Domínguez, prometeu que aplicará punições severas ao clube de Assunção.

Até o momento, o Cerro Porteño se limitou a se posicionar sobre o caso por meio de nota oficial em suas redes sociais.

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