Nesta quarta-feira (8), em sua sede em Belo Horizonte, o Atlético-MG apresentou uma análise financeira dos últimos cinco anos do clube e apontou que, em 2024, houve um aumento de R$ 90 milhões em relação à dívida do clube.

Em 2023, as contas a pagar do Galo – o que também inclui a compra de atletas – era de R$ 1.310 bilhão e saltou para R$ 1.400 bilhão segundo balanço revelado pelo clube. E um dos principais motivos para esse aumento tem relação direta com o investimento na compra de jogadores na temporada passada.

O débito saltou de R$ 36 milhões (2023) para R$ 129 milhões no ano passado. E o aumento substancial foi notado sobretudo na metade de 2024, quando foram feitos investimentos para contratações.

Apesar de inferiores, o Galo também teve o aumento da dívida por valores bancários, PROFUT (Programa de Modernização da Gestão e de Responsabilidade Fiscal do Futebol Brasileiro) e PERSE (Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos).

Por outro lado, a dívida com a Arena MRV diminuiu: de R$ 485 milhões, em 2023, para para R$ 410 milhões (2024). Além disso, a nova casa atleticana também teve uma valorização para R$ 1,1 bilhão.

Com esta valorização, o próprio Atlético-MG também é beneficiado, já que assim os juros dos bancos não crescem tão rapidamente.

Apesar de ter como ambição esportiva chegar às finais e conquistar títulos em 2025 e nos próximos anos, para que o Atlético-MG não precise de novos aportes ou aumente o endividamento com novos investimentos, os objetivos orçamentários para o ano são: chegar ao menos à semifinal da CONMEBOL Sul-Americana, terminar o Brasileirão em e ir às quartas da Copa do Brasil.

Desta forma, o Galo visa diminuir o déficit financeiro para buscar um equilíbrio sustentável visando os próximos anos.

Durante o encontro, Bruno Muzzi, CEO do Galo, ainda revelou que o valor arrecadado com a venda de Paulinho para o Palmeiras, cerca de R$ 102 milhões para o Atlético, será reinvestido na contratação de atletas.

“O dinheiro do Paulinho será todo reinvestido em atletas. Vamos manter o número da folha salarial elevada no futebol”, disse o dirigente.

Em 2024, o Galo teve uma folha salarial na casa dos R$ 25 milhões mensais, considerando atletas e comissão técnica do elenco profissional masculino, e também as premiações por performance esportiva.

“Eu preciso que o Atlético seja superavitário na operação. É o que nos dá sustentabilidade. Deixo isso como uma mensagem-chave da nossa administração”, concluiu Muzzi.

Próximos jogos do Atlético-MG: