Rogério Ceni vê subir a pressão com a torcida do Bahia a cada dia em meio a uma sequência de sete jogos sem vitória no Campeonato Brasileiro. A três rodadas para o fim da Série A, contudo, a demissão do treinador não está em pauta no Grupo City, dono da SAF tricolor.

Um dos motivos para isso foi citado por Raul Aguirre, CEO da SAF do clube, em participação no Summit CBF Academy, evento promovido pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF) em São Paulo. O dirigente citou “tolerância com maus resultados” no projeto do City para o Bahia.

A reportagem da ESPN ouviu algumas pessoas ligadas à SAF para entender melhor esse cenário e por que Rogério Ceni segue no comando, apesar da pressão crescente das arquibancadas.

Um dos pontos que dá maior respaldo ao treinador é a atual oitava colocação na classificação, com 47 pontos após 35 jogos, brigando por uma vaga na CONMEBOL Libertadores – o Cruzeiro, que hoje fecha o G-7 tem os mesmos 47, mas com uma partida a menos.

O Bahia e o City consideram o planejamento traçado no início da temporada, e o atual posto na Série A está acima das expectativas do que seria o ano tricolor.

É um dos pontos, inclusive, que o próprio Ceni tem usado em entrevistas coletivas recentes para defender seu trabalho em meio aos maus resultados.

A avaliação, portanto, ainda é positiva, mas o Bahia também sabe que é difícil dizer que o treinador está “tranquilo” no cargo, diante de tamanho período sem vitórias, segundo ouviu a reportagem de uma fonte. Por ora, contudo, não há discussão sobre mudança.

Em seus últimos três compromissos no Brasileirão, o Bahia visitará o Cuiabá podendo rebaixar o rival para a Série B; encara o Corinthians, rival direto pela Libertadores, em São Paulo; e fecha a campanha em casa contra o Atlético-GO, que já caiu.

A última vitória do Bahia aconteceu ainda em setembro, no dia 29, 1 a 0 contra o Criciúma. Desde então, foram cinco derrotas (Flamengo, Vasco, São Paulo, Juventude e Palmeiras) e dois empates (Cruzeiro e Athletico-PR) em sete compromissos.