Rodri é o Bola de Ouro de 2024. Nesta segunda-feira (28), o volante do Manchester City desbancou Vinicius Jr. e companhia na disputa pelo prêmio de melhor jogador do mundo promovido pela revista France Football, em parceria com a Uefa.
Além de destaque do time inglês, sendo o herói da única conquista da Champions League dos Citizens, na temporada 2022/23, Rodri foi campeão da Eurocopa pela Espanha em 2024, além de colecionar inúmeros outros títulos pelo clube. Mas quem, de fato, é o novo principal jogador do planeta?
O ESPN.com.br faz um resumo da carreira do meio-campista, que chegou a encantar Pep Guardiola por um motivo inusitado: não ter tatuagens.
Carro popular, diploma universitário e ‘cabelo de volante’
Bastante discreto na vida privada, Rodri não ostenta nas redes sociais e evita qualquer tipo de badalação natural para jogadores famosos como ele. E foi assim desde sempre.
No começo de carreira, enquanto defendia o Villarreal, o volante espanhol conseguiu se formar em administração de empresas pela Universidade de Castellon.
Mesmo já recebendo um bom salário por causa do futebol, ele morou em residências estudantis da própria faculdade. Lá, tinha uma vida normal, a ponto de lavar as próprias roupas e dirigir um carro popular (Corsa).
O volante ganhou fama depois de trocar o Atlético de Madrid pelo Manchester City, que pagou 70 milhões de euros para tê-lo, em 2019. Foi escolhido a dedo por Guardiola para suceder o brasileiro Fernandinho, então dono da posição de primeiro volante do clube inglês.
Logo de cara caiu nas graças do técnico pelo jeito fora dos gramados.
“Rodri não tem tatuagens, brincos. Seu cabelo é como de um meio-campista defensor. Um meio-campista defensor deve ser assim: não pensar no resto”, afirmou o treinador.
Adversários se encantam
Xodó do técnico catalão, Rodri encanta até mesmo os adversários. Anderson Correia, que enfrentou o espanhol pela seleção do Chipre na derrota por 6 a 0, em setembro de 2023, ficou impressionado com as qualidades do meio-campista.
“O Rodri é um baita jogador, não é à toa que está no nível que está. Controla o jogo todo, tudo passa por ele. Ele e o cérebro da equipe e e um líder. A construção das jogadas começa sempre por ele por estar à frente da zaga”, disse Anderson ao ESPN.com.br.
Além da capacidade técnica com a bola nos pés, o espanhol ainda impressiona por outra qualidade: por ser alto e forte, costuma vencer os duelos de cabeça durante os tiros de meta.
“É muito inteligente e sabia que o nosso time estava recuando e só dava uma ‘casquinha’ para trás. Ele sabe ver os espaços no campo”, afirmou o jogador da seleção do Chipre, que se admirou também com a frieza.
“É muito tranquilo, algumas vezes iam dois ou três jogadores do nosso time pressioná-lo, mas ele nunca ficava desesperado. Conseguia pisar na bola e saia por um lado ou pelo outro”.